A importância de manter o desfibrilador em locais com grande concentração de pessoas

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Apesar do home office e da inexorável tendência de downsizing das equipes, o fato é que várias empresas ainda convivem com locais de trabalho que congregam verdadeiras multidões. Grandes canteiros de obras, por exemplo, podem facilmente ultrapassar a casa dos mil trabalhadores. No varejo, não é raro que um hipermercado tenha uma circulação diária superior a duas mil pessoas. Por isso, essas empresas devem ficar atentas à legislação que obriga locais públicos com circulação de mais de 1500 pessoas / dia a manter o DEA (Desfibrilador Externo Automático) em local acessível e equipe preparada para seu manuseio. Para a AGSSO (Associação de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional), essa legislação, que nasceu da necessidade de garantir a segurança pública em eventos e locais de grande circulação, é uma boa prática a ser adotada e que possivelmente se tornará obrigatória no futuro.

“A segurança operacional exige a constante antecipação de riscos para mitigá-los ou minimizá-los e esta lei é um perfeito exemplo de como as áreas de SSO podem se antecipar aos problemas”, explica Paulo Zaia, diretor da AGSSO. “Embora ainda não seja uma lei para empresas, ou seja, para espaços privados, ela fala de situações que se aplicam a várias atividades empresariais e, por isso, recomendamos sua adoção integral, incluindo o aparelho, treinamentos e planos de emergência, como uma boa prática de SSO”, completa.

Por enquanto, a obrigatoriedade do equipamento é objeto de leis estaduais, mas já há um projeto tramitando na Câmara Federal. No caso de São Paulo, por exemplo, a lei prevê e obriga locais públicos com circulação de mais de 1500 pessoas / dia a manter o DEA em local acessível e equipe preparada para seu manuseio. “Indubitavelmente essa lei traz grande ganho para o atendimento de casos de mal súbito decorrentes de arritmias e casos onde ocorre a parada cardíaca”, destaca Zaia.

Como o próprio nome diz, o DEA é na prática um “assessor” automático ao socorro da vítima, pois independente da marca do aparelho, todas as ações automáticas só acontecem quando identificadas as condições em que o aparelho possa ajudar a vítima. Ou seja, ele não funciona se acionado equivocadamente. Apesar da automaticidade do recurso, manter equipes preparadas ao socorro da vítima e, principalmente, planos de emergência com acionamento de recursos mais preparados ao seguimento da ocorrência é de fundamental importância na diminuição da mortalidade dos atendidos.

Para tanto, além do investimento nos DEA, os estabelecimentos devem providenciar a capacitação e reciclagem permanente de equipes preparadas aos atendimentos. “É importante salientar que idealmente os treinamentos devem ter padronização e certificação internacional como, por exemplo, o BLS (Basic Life Suport) e/ou o NSC (National Safety Counsil)”, salienta Zaia. “Ambos são validados e padronizados em todo o mundo – sem a possibilidade de interferência do instrutor na aplicação dos métodos de atendimento”, acrescenta.

“Entendemos que mesmo em épocas de crise financeira, onde orçamentos são revistos e investimentos são reduzidos, a aquisição de recursos como o DEA e a capacitação permanente de equipes preparadas à sua utilização são de extrema importância à preservação de vidas e, sem dúvida, à manutenção da imagem de instituições e empresas com a saúde de seus funcionários, visitantes e até mesmo clientes”, conclui Paulo Zaia.

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