IPT inaugura sistema de ensaios de elementos de ancoragem

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O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) inaugurou no início deste mês um sistema de ensaios de elementos de ancoragem de equipamentos usados na produção de petróleo e gás em unidades flutuantes, a exemplo de navios e plataformas offshore. O sistema será utilizado no desenvolvimento de amarras de alta capacidade de carga, metálicas ou poliméricas. Umbilicais e risers para a exploração em águas profundas, além de cabos de aço e cintas para içar grandes cargas, também poderão ser testados no sistema.

O sistema do Laboratório de Equipamentos Mecânicos e Estruturas do IPT tem capacidade para até 2.600 tf (tonelada força) de carga estática, o maior do gênero no Brasil – para ter uma ideia de uma força como essa, seria preciso empilhar 2.600 carros populares – e 1.300 tf de carga dinâmica. Do total de R$ 15,7 milhões investidos no sistema, a Petrobras aportou R$ 10,7 milhões para o projeto e a compra de equipamentos, e o Governo do Estado de São Paulo R$ 5 milhões para concepção, gerenciamento da implantação e construção do prédio no IPT.

Existem somente dois outros sistemas no mundo com características similares às do IPT, em Houston (EUA) e em Bergen (Noruega). “A exploração em águas profundas exige que os elementos de ancoragem tenham tanto resistência estática quanto dinâmica. A inauguração do sistema, que oferece uma nova tecnologia aos mercados do Brasil e de todo o mundo, é mais um passo na direção de auxiliar essas operações”, afirmou o diretor-presidente do Instituto, Fernando Landgraf.

A amostra utilizada pelo Instituto foi produzida com subcabos trançados feitos de poliéster que são posteriormente encapados. Com 15 metros de comprimento, é uma redução de um cabo de mil metros, uma parte da linha de três mil metros de ancoragem no mar. “Em um sistema de produção flutuante, como o do pré-sal, por exemplo, o sistema está instalado em uma lâmina de água de dois mil metros, com essa linha de ancoragem de três mil. A amostra tem essas proporções para dar dimensões bem próximas do que acontece na realidade”, completa.

 

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