Professora da USP diz que reforma trabalhista ignora estudos de SST

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A reforma trabalhista ainda é alvo de muitas polêmicas sobre os possíveis desdobramentos das novas medidas que entram em vigor em novembro de 2017. Embora haja consenso sobre a necessidade de atualização das leis trabalhistas, que datam de 1943, especialistas da área de saúde e segurança ocupaciona alertam que o modelo proposto para modernizar o País aponta para a precarização das condições laborais e podem inclusive aumentar o número de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

Em entrevista ao podcast Podprevenir, a professora Frida Marina Fischer, do Departamento de Saúde Ambiental da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, afirma que vários tópicos do novo texto da reforma contrariam centenas de estudos científicos já publicados sobre a saúde do trabalhador.

De acordo com a professora, ainda há muitas incertezas sobre a aplicação prática das medidas, entre elas, o que poderá ocorrer com quem está exposto a substâncias químicas na atividade laboral, por exemplo.

Ela lembra ainda que a possibilidade de extensão da jornada diária para até 12 horas pode aumentar os riscos de contaminação do trabalhador, já que os limites estabelecidos pelas normas que regulamentam a exposição ocupacional não ultrapassam oito horas. “Como o negociado prevalecerá sobre o legislado, o funcionário, em geral, terá poucas condições de exigir melhores condições de trabalho”, explica a especialista.

Clique aqui e ouça o áudio da entrevista.

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