Seconci-SP alerta para risco de Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR)

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Cerca de 360 milhões de pessoas no mundo sofrem com alguma perda auditiva, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O número corresponde a 5,3% da população mundial. Segundo censo realizado em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 9,7 milhões de brasileiros possuem deficiência auditiva, o que representa 5,1% da população brasileira. Deste total, cerca de 2 milhões possuem a deficiência auditiva severa (1,7 milhões têm grande dificuldade para ouvir e 344,2 mil são surdos), e 7,5 milhões apresentam alguma dificuldade auditiva. Ainda de acordo com o estudo, os mais afetados são jovens e adultos.

Segundo a otorrinolaringologista do  Serviço Social da Construção (Seconci-SP), Adriana Albarello, qualquer alteração que comprometa a condução dos estímulos sonoros, de alguma forma, acarreta a perda de audição. “O hábito de ouvir música em alto volume, pelo uso excessivo de fones de ouvido, doenças infecciosas como herpes, rubéola e meningite, e o uso de alguns medicamentos e causas de origem genética também podem causar problemas auditivos”, afirma a especialista.

Ela explica que quando o ruído é intenso e a exposição a ele é continuada, em média 85 decibéis por oito horas/dia, ocorrem alterações estruturais na orelha interna, que determinam a ocorrência da Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR).

Há dois tipos de perda auditiva, alerta a médica: “A perda auditiva condutiva é provocada por um problema mecânico que bloqueia a condução das vibrações na orelha externa ou média. Já a perda auditiva neurossensorial é quando a lesão é na cóclea, no nervo auditivo ou nas vias que ele percorre até alcançar o cérebro”, explica.

Adriana também reforça a importância da cerume (cera de ouvido), que é produzida pelas glândulas ceruminosas, localizadas na parte mais externa do canal auditivo. “A cera tem função antifúngica e antibacteriana que protege a região. Além disso, evita que o excesso de água entre no ouvido e ajuda a lubrificá-lo”, diz. Portanto, a cera não deve ser removida, pois em geral é produzida e expelida naturalmente. “O excesso de cera é raro e, nesse caso, apenas um médico pode removê-lo”, afirma a otorrinolaringologista.

 

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