Trabalhar recebendo gorjeta aumenta o risco de depressão

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De acordo com o Pew Research Center, aproximadamente 102 milhões de americanos trabalham na área de serviços – 56% são mulheres. Ocupando posições em restaurantes, salões e transporte, esses empregos oferecem baixa remuneração com a expectativa de que as gorjetas, que são imprevisíveis, façam a diferença. Apesar de ser cultural dar gorjeta nos EUA, nem todo mundo está disposto a deixar 10 dólares a mais no fim da conta. E, por essa incerteza, os riscos de depressão, problemas de sono e estresse são bem maiores em profissionais dessa área – comparando com os empregados que recebem um salário fixo satisfatório.

“A maior prevalência de problemas de saúde mental pode estar ligada à natureza precária do trabalho na área de serviços, incluindo salários mais baixos e imprevisíveis, benefícios insuficientes e falta de controle sobre as horas de trabalho e turnos designados”, disse a autora do estudo, Sarah Andrea. “Em média, os trabalhadores que dependem de gorjetas são quase duas vezes mais propensos a viver na pobreza do que os trabalhadores que não têm um emprego”.

A análise é baseada em dados de um estudo nacional de saúde que acompanhou milhares de participantes desde a adolescência até a idade adulta. E os problemas do setor de serviços vão além das gorjetas: lidar com clientes é um desafio estressante. Comportamentos hostis e até sexualizados são algo para se conviver no dia-a-dia – o que fica bem pior para as mulheres.

No fim das contas, muitas vezes, o salário de um motorista se iguala ao de várias outras profissões médias. Sim, por causa das gorjetas. Mas a incerteza sobre se elas virão ou não está deixando esses profissionais  mais vulneráveis psicologicamente.

 

Fonte: Super Interessante 

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