Para o Carnaval se manter ativo, não bastam apenas música e foliões, também há um contingente de trabalhadores que impulsionam a economia, mas sem deixar de cuidar da saúde. Para tanto, as Secretarias de Saúde (SMS) fizeram ações educativas durante o período, especialmente às pessoas que atuaram como vendedores de bebidas e alimentos, para prevenção de acidentes.
Em Salvador, BA, o Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), da SMS, percorreu os circuitos Dodô (Barra/Ondina), Osmar (Centro) e Batatinha (Pelourinho) para inspeções de trios, blocos, bares, lanchonetes, restaurantes e camarotes. Segundo a prefeitura, ao longo de cinco dias de evento, 49 blocos foram inspecionados, aumento de 81% em comparação ao ano anterior, quando 27 foram checados pelas equipes.
Já o número de cordeiros (uso de cordas para delimitar espaço entre trios e público) beneficiados subiu de 15 mil para 26 mil, 71% a mais ante 2024. “O Cerest cuida daqueles que aproveitam o Carnaval para fazer uma renda extra e, muitas vezes, em atividades que exigem sobrecarga de trabalho e muito esforço físico, por isso a importância de se avaliar as condições de trabalho. As equipes fizeram abordagens educativas, escuta sensível e encaminhamentos, seja para assistência como aos órgãos competentes”, explica Rodrigo Alves, titular da SMS.
SST no carnaval
Já no Recife, a Secretaria de Saúde do Recife (Sesau), PE, por meio de sua Vigilância em Saúde do Trabalhador (Visat), contou inclusive com apoio nos stands de pronto atendimento no desfile do Galo da Madrugada e também no bairro do Recife. “É uma ação constante e, muitas vezes silenciosa, mas previne acidentes e protege também o cidadão”, frisa nota da secretaria.
Cybelle dos Santos Silva, da Visat, comenta que durante o evento, as equipes estiveram presentes para uma abordagem sensível e de acolhida aos ambulantes, formais e informais, para orientação: “Fomos às barracas para verificar as condições elétricas e de mangueiras de botijões. Dependendo da atividade exercida, pedimos que os trabalhadores utilizassem toucas e sapatos fechados, além de luvas específicas, em caso de uso de utensílios de corte. Isso, garante a saúde e segurança dos trabalhadores e também a da população”, informa.
Foto: Ascom/SMS – Salvador, BA
