Cresce procura por equipamentos ergonômicos, especialmente para uso de notebooks
Qual o seu principal equipamento de trabalho, seja no escritório, seja em casa, após o smartphone? Se você respondeu notebook, não está sozinho: o Brasil tem 464 milhões de dispositivos digitais (computador, notebooks, tablet e smartphone) em uso no país (corporativo e doméstico), segundo a pesquisa coordenada pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGVcia).O estudo revela ainda que são 1,2 smartphones por habitante, ou 249 milhões de celulares, além de 364 milhões de dispositivos portáteis, que engloba tablets e notebooks, ou 1,7 por habitante.
Muito embora sua facilidade e, principalmente, possibilidade de deslocar esse dispositivo para outros locais, diferentemente de um desktop, quem os utiliza precisa estar atento para a ergonomia. De acordo com o Manual de Ergonomia para Uso de Dispositivos de Tela em Home Office, da Universidade Federal do Ceará (UFC), a utilização prolongada de notebooks sem um suporte adequado pode resultar em flexão excessiva do pescoço, sobrecarga na coluna cervical e fadiga muscular.
Uma das recomendações é que a tela fique alinhada ao nível dos olhos ou ligeiramente abaixo, minimizando esses riscos.“A posição estática e muitas vezes inadequada, como olhar para a tela do computador, pode levar à tensão nos músculos cervicais, resultando em dor no pescoço e na parte superior das costas. Os músculos dos ombros acumulam tensões, por conta da má postura ou ao uso excessivo. Isso pode causar dor e desconforto nessa região”, explica Thiago Bernardo, ortopedista do Hospital IFOR, ao InfoMoney.
Notebooks e investimento em suportes
Investir em equipamentos adequados não é apenas uma praxe, mas uma obrigatoriedade, respeitando a Norma Regulamentadora 17 (NR-17), que trata do tema. Segundo outra pesquisa, esta da consultoria Berry Consult, empresas que investem em ergonomia reduzem em até 30% o absenteísmo causado por problemas musculoesqueléticos.
Colaboradores que trabalham sem desconforto físico tendem a ser mais engajados e produtivos ao longo do expediente. “A demanda por produtos ergonômicos tem crescido consideravelmente e o seu uso deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade em muitos ambientes de trabalho. Esses acessórios, principalmente com o aumento do uso de notebooks, proporcionam mais conforto e segurança, ajudando a prevenir dores e reduzir afastamentos causados por má postura”, frisa César Soares, gerente de e-commerce Mixtou, ao Estado de Minas.
Foto: Freepik