Abril Verde: A Inteligência Artificial como motor de mudança na Segurança e Saúde do Trabalho

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Já não é mais espanto solicitar, por exemplo, um atendimento online e a resposta vir de uma Inteligência Artificial (IA). Considerada inimiga por uns e essencial para outros, a IA é uma realidade que pode ser uma aliada, especialmente quando o assunto é Saúde e Segurança do Trabalho (SST), apontam especialistas.

O tema é tão forte que foi escolhido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) para divulgar seus impactos em SST, por meio da produção de informativos e pesquisas, o que engloba o entendimento da integração com robôs avançados, a aprendizagem de máquina(machine learning), exoesqueletos, veículos aéreos não tripulados, Internet das Coisas (IoT) e Realidade Virtual e Aumentada.

“As novas tecnologias deram também origem a novas formas de trabalho, como o por meio de plataformas digitais e o trabalho remoto, híbrido e teletrabalho, objeto de uma análise mais aprofundada”, informa a entidade.

 

Inteligência Artificial e Aplicativos

 

O uso de aplicativos, ou seja, a tecnologia na palma das mãos, também é uma premissa nesse processo evolutivo no mundo do trabalho. Um exemplo do uso de IA e machine learning em SST vem de uma parceria entre a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro) e o Serviço Social da Indústria (SESI) para troca de expertises e pesquisas nesse campo.

“É essencial reabrir o diálogo quanto a melhoria nas condições de saúde dos trabalhadores e a produtividade da indústria nacional. A saúde do trabalhador é um investimento, não uma despesa, e esse lema deve ser difundido entre todos os responsáveis, defende Wagner Freitas, presidente do Conselho Nacional do SESI.

Um dos exemplos do uso da Inteligência Artificial é o aplicativo SST Fácil, que traz informações sobre uso da IA na promoção de SST, que abrangemedidas preventivas no ambiente de trabalho,previsibilidade de riscos de acidentes, além de um aprofundamento de tipos de aprendizagem, Big Data e exemplo de algoritmos, e como a análise de dados na tomada de decisão. O conteúdo é desenvolvido pelos tecnologistas da Fundação Fernando Timóteo Fernandes e Diego Ricardi dos Anjos e do analista em ciência e tecnologia Norisvaldo Ferraz Junior.

Outro bom exemplo é da Senior Sistemas, desenvolvedora de soluções para Gestão de Pessoas por meio do capital humano (conhecida pela sigla em inglês HCM, ou Human Capital Management). A companhia incorporou IA generativa ao HCM da Senior, plataforma de gestão de capital humano que automatiza o ciclo de trabalho do colaborador, com visão 360º que promove produtividade, compliance e maior visibilidade dos processos.

“Com algoritmos avançados, o sistema analisa grandes volumes de dados operacionais, como frequência, produtividade, engajamento e até o tempo de resposta em tarefas específicas, possibilitando uma gestão proativa. O resultado é um ambiente de trabalho mais equilibrado e eficiente, onde decisões são tomadas com base em dados reais e em tempo real, impulsionando a transformação digital no RH”, aponta, ao Baguete, Jessica Ariane Bartozewiz, head de produto na Senior.

 

Automação

 

A automação de processos, aliás, é a “ordem do dia” dentro das organizações e isso incorpora a área de Recursos Humanos, que pode utilizar a IA desde a contratação de pessoas até a retenção de talentos, bem como demais setores nas empresas.

Para Izabela Holanda, diretora da IH consultoria, a IA e a análise de dados sobre colaboradores para melhorar a gestão de pessoas (denominada peopleanalytics), vão ganhar mais evidência nas corporações. “A automação permitirá que os profissionais de RH se concentrem no que realmente importa: no desenvolvimento das pessoas, garantindo que todos possam se engajar e contribuir para o sucesso do negócio”, destaca.

Essas inovações tecnológicas, incluindo a Inteligência Artificial, podem ajudar inclusive em demandas mais sensíveis, como a questão da saúde mental, acrescenta Holanda: “O futuro do trabalho será pautado pelo bem-estar dos colaboradores, que devem ter acesso a suporte psicológico adequado, além de políticas de trabalho flexíveis que favoreçam o equilíbrio entre vida pessoal e profissional”, finaliza a gestora, em artigo ao Dário do Nordeste.

Foto: Freepik

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