* Por Angela Gheller Telles
Com um controle do Governo mais rigoroso em relação à integridade das informações entregues, principalmente com a chegada do eSocial, que promete não ser mais prorrogado e tem início previsto para julho deste ano, as empresas estão dedicando parte dos seus esforços para reestruturar a organização dos seus dados. Falando especialmente sobre o segmento de manufatura, outro radar acende: o cuidado com a medicina e segurança do trabalho. Todos os setores devem cumprir essas obrigações, mas para a indústria este é um ponto de alta criticidade, com normas regulamentadoras a serem seguidas.
Neste momento, as empresas precisam de um suporte amplo e especializado, que automatize os seus processos, para superar o desafio de uma entrega em compliance fiscal. Os registros devem ser exatos, pois quaisquer divergências podem acarretar em multas e prejuízos aos negócios. Para isso, contar com uma solução vocacionada fará toda a diferença para garantir que todas as necessidades específicas da manufatura sejam atendidas, como o cadastro e gerenciamento dos equipamentos de segurança, sejam EPIs (Equipamento de Proteção Individual) ou EPCs (Equipamento de Proteção Coletivo).
Sobre os equipamentos individuais, é importante ter o controle da distribuição aos funcionários de acordo com o centro de custos, função exercida e ambientes de risco a que estão expostos. Ainda é preciso garantir a emissão de recibo de entrega e recebimento, além de monitorar, com precisão, o vencimento do certificado de aprovação de cada item.
Outro desafio que fica mais intenso com a nova legislação é o gerenciamento da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes). Todas as informações (como o registro de mandatos, eleições, reuniões, investigação de acidentes ocorridos e planos de ação para evitar novos eventos) precisam ser preservadas com exatidão, para serem acessadas a qualquer momento, inclusive a pedido dos órgãos regulamentadores, como o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho), por exemplo.
Contar com a inteligência da tecnologia é um grande diferencial para as indústrias, pois os sistemas são capazes de coordenar as ações de identificação de riscos ocupacionais e, automaticamente, fazer associações a mecanismos de prevenção e controle, minimizando, assim, a probabilidade de incidentes.
O eSocial também exigirá a entrega da tabela de ambientes de trabalho, isto é, a empresa vai ter que mapear todas as suas áreas, dimensionar quais são os fatores de riscos existente e apresentar a CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). Além de administrar todas essas informações, será necessário realizar a emissão deste documento, que deve ser protocolado na Previdência Social pelo gestor de segurança da companhia.
Os desafios em garantir o compliance nas entregas de medicina e segurança do trabalho são complexos e cheios de detalhes. A automatização dos processos é essencial para que as empresas obtenham, de fato, o controle sobre as suas informações. Somente assim, conseguirão cumprir as normas legislativas com consistência de dados e agilidade. Vivemos a era da transformação digital e isso já chegou a todos os setores do mercado, do varejo à indústria – aqui, especificamente, com um monitoramento completo da saúde do trabalhador, desde o controle de insalubridade e periculosidade, até a sua aposentadoria.
* Angela Gheller Telles – diretora dos Segmentos de Manufatura e Logística da TOTVS
Sou igual a São Tomé, só acredito vendo. Esse sistema já foi adiado diversas vezes e já tiveram várias mudanças que relaxa o ideal inicial. É Brasil e saúde do trabalhador não é prioridade, só fazem o que é exigido pela OMS porque foi acordado esse eSocial