Cultura organizacional deve salvaguardar a saúde física e mental dos colaboradores

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A atualização da lista de doenças relacionadas ao trabalho levantou a questão sobre a responsabilidade das empresas em salvaguardar a saúde física e mental de seus colaboradores. Para Lucas Landi, advogado especialista em direito do trabalho, ao Correio Braziliense, a atualização desse rol, após 24 anos, não só demonstra os desafios a serem enfrentados, mas torna-se uma medida para prevenir futuras doenças ocupacionais.

“Os empregadores terão que considerar algumas medidas adicionais ou até adotar novas práticas para garantir a manutenção de um ambiente tanto físico quanto mentalmente saudável”, pontua o advogado.

 

Cultura organizacional

 

Revisitar ou mesmo implementar novas políticas internas de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), estabelecendo novos protocolos de prevenção, identificação e relatos precisam ser levados em conta. “O que se impõe é a mudança de hábitos e cultura organizacional empresarial, a fim de atingir o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, salientando que um meio ambiente de trabalho saudável significa benefícios a todos”, arremata.

Os cargos de chefia dentro das organizações também precisam estar em sintonia com a SST a fim de não apenas reter talentos, mas também assegurar um ambiente saudável. Na opinião de Angela Kambouris, coach de liderança, em matéria do site PEGN, os líderes devem aprimorar oito itens que melhoram consideravelmente o desempenho e relacionamento com seus colaboradores, sendo, entre eles: comunicação clara, fortalecimento das equipes, senso de responsabilidade, mentoria e conversas individuais e entre as próprias lideranças.

Ela sugere até um espaço para diálogos mais amenos, como esportes e assuntos da internet. “Uma equipe bem entrosada faz toda a diferença, e isso pode ser alcançado de formas simples. Uma delas é separando alguns minutos no início de uma reunião para encontrar interesses comuns, refletir sobre os sucessos alcançados, compartilhar histórias pessoais”, salienta.

 

Cultura da Segurança

 

Para o técnico de segurança do trabalho, Nestor W. Neto , a cultura organizacional também se relaciona com a cultura da segurança, pois quando a empresa tem uma cultura de segurança madura, empregadores e empregados moldam seus valores coletivos, crenças, atitudes, de modo agir conforme as regras e boas práticas de segurança que a empresa adotou.

 

Ele, que é professional Coach, palestrante, criador e editor do blog/site Segurança do Trabalho nwn, professor e escritor, ressalta a importância do triângulo da cultura de segurança que sintetiza o que é importante para uma verdadeira maturidade na cultura de segurança e contempla a pessoa, o ambiente e o comportamento:

– Pessoa: conhecimentos, habilidades, capacidades, inteligência, motivos, personalidade.

– Ambiente: equipamentos, ferramentas, máquinas quente/frio, engenharia, normas regulamentadoras, certificações, padrões.

– Comportamento: cumprir, coaching, reconhecimento, demonstração, comunicação,  cuidado ativo.

A empresa tem maturidade na cultura de segurança quando as pessoas encontram motivos para trabalhar de forma segura habitualmente, quanto o ambiente possui riscos minimizados e quando os comportamentos de todos na organização são na maior parte do tempo seguros. E isso também está ligado à cultura organizacional.

 

Foto: Pexels

 

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