O Instituto Federal da Bahia (IFBA) foi palco da 47ª Etapa de Fiscalização Preventiva Integrada (FPI-BA), que teve em seu ciclo de palestras, um debate sobre os ‘Impactos dos Agrotóxicos e Segurança do Trabalho Rural’, que, entre as abordagens, trouxe os efeitos dos agrotóxicos na saúde dos trabalhadores.
O evento, ocorrido em julho, trouxe em pauta os cuidados com a saúde dos trabalhadores em relação às doenças e patologias ocasionadas pelos agrotóxicos, além de construir uma ponte com os profissionais e técnicos de referência em saúde do município para identificação desses problemas.
“Estamos fazendo parcerias com os profissionais de saúde e técnicos de referência do município para poder identificar esses problemas à medida que esses trabalhadores busquem os postos médicos para relatar os sintomas e acender, assim, um alerta para que esses profissionais consigam constatar de forma rápida e eficaz que aquele caso se trata de uma intoxicação por agrotóxico”, pontuou Ilan Fonseca, coordenador-geral da 47ª etapa da FPI e procurador do Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA).
Uso dos agrotóxicos
Flávia Barbosa, professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, apresentou formas alternativas do uso dos agrotóxicos. “O trabalhador, por exemplo, terá maior qualidade de vida porque sua saúde passa a ter menos prejuízo em decorrência desses agentes nocivos. O solo passa a ser mais responsivo, proporcionando maior qualidade nutricional ao alimento que é plantado nele e, como consequência, quem consome esse produto também sai ganhando por se tratar de um alimento mais saudável com mais sabor e maior propriedade nutricional”, explicou em sua apresentação.
A cada dois dias, uma pessoa morre por intoxicação de agrotóxicos no Brasil, sendo que 20% dessas vítimas são crianças e adolescentes de até 19 anos. O dado consta num relatório publicado pela rede ambientalista Friendsofthe Earth Europe, e publicado pelo Brasil de Fato.
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