A importância em manter as mãos sempre protegidas

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Você já tentou realizar uma simples tarefa como colocar água em um copo, mas sem usar uma das mãos? E então trocar uma lâmpada ou abotoar uma camisa? Nós não sabemos a real importância das nossas mãos para realizar atividades do dia a dia até que algo aconteça – desde um pequeno corte, uma fratura ou até algo mais grave, como a perda de movimentos de um ou mais dedos.

As mãos são essenciais para qualquer coisa que fazemos, desde tarefas domésticas até atividades profissionais. Parece até desnecessário repetir, mas é com elas que podemos escrever, segurar objetos, apertar, sinalizar e tatear (diferenciando texturas, temperaturas etc).

E você sabia que mais de 30% dos acidentes de trabalho envolvem as mãos? É por isso que o cuidado com as mãos é tão destacado nos treinamentos realizados em todos os tipos de indústrias.

 

Tipos de acidentes com as mãos

Um funcionário que trabalha operando máquinas e equipamentos em uma indústria pode estar diante de diversos riscos associados as mãos.

– Cortes;

– Contusões;

– Ferimentos e mutilações;

– Prensamentos;

– Esfolamentos;

– Choques;

– Perfurações;

– Queimaduras;

– Fraturas.

Diante de todos estes riscos, é dever de toda a empresa orientar, treinar e garantir a segurança dos seus funcionários. É importante que a empresa ofereça capacitações constantes, garanta o correto uso dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs) e exija que os trabalhadores utilizem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Relaciono abaixo algumas fontes de risco para as mãos e como evitá-los:

 

Situação 1: limpeza, manutenção e reparo de máquinas automatizadas: para todas essas atividades, o trabalhador precisa estar muito atento e se certificar que o equipamento está desligado. Mesmo assim, acidentes podem ocorrer se a máquina voltar a funcionar antes do término da atividade (como por acionamento do sistema por outro operador desavisado, por exemplo).

 Solução: o uso de EPCs (bloqueio tipo cadeado e garra que servem para impedir o religamento de máquinas, equipamentos ou painéis elétricos) e EPIs (luvas e mangotes para a proteção das mãos e braços). Além da realização de DDS (treinamentos contínuo sobre as condutas a serem realizadas nesta situação).

 

Situação 2: partes de máquinas que possibilitam a preensão das mãos

Alguns equipamentos possuem espaços entre as engrenagens que podem causar a preensão de dedos ou da mão toda.

Solução: além do uso de EPCs e EPIs, é importante orientar o trabalhador sobre os riscos de colocar a mão nestes espaços e de ter atenção redobrada durante a execução da atividade. Caso seja necessário que isso aconteça, elaborar procedimentos de segurança e treinamentos específicos para a prevenção de acidentes.

 

Situação 3: atividades que envolvam riscos associados ao calor:
Tubulações de vapor, máquinas de solda, motores e outros são locais onde há a produção muito alta de calor, gerando o risco de queimaduras.

Solução: os riscos devem ser controlados para evitar acidentes. Assim, é fundamental respeitar as normas e os procedimentos de segurança de cada atividade. A falta de processos é um dos principais problemas!

 

Situação 4: uso de acessórios e/ou equipamentos inadequados
Acessórios que usamos no dia a dia (pulseiras, brincos, etc) e EPIs inadequados (macacões largos, por exemplo) podem ser perigosos para o trabalho com algumas máquinas, como as engrenagens.

Solução: retirar sempre todos os acessórios e ter equipamentos de uso individual em boas condições sempre.

 

Muitas outras situações podem ser perigosas na rotina de uma indústria. O importante é que o trabalhador seja treinado e constantemente lembrado da importância da prevenção. Algumas dicas para evitar acidentes com as mãos:

– Nunca compartilhar equipamentos de proteção individual.

– Só realizar atividades com total atenção no que está sendo feito.

– Seguir todos os processos estabelecidos pela área de Segurança do Trabalho, mesmo que não tenha ocorrido acidente nesta situação.

– Nunca utilizar máquinas e equipamentos que estejam com algum problema.

– Nunca operar um equipamento que não domine 100% do seu funcionamento.

– Estar atento sempre que movimentar uma carga, protegendo as mãos para que não fiquem presas.

– Para manusear um produto químico, sempre utilizar a luva adequada para o procedimento seguro.

– Em caso de dúvidas, não faça. Peça orientação!

 

João Marcio Tosmann formado em Engenharia Elétrica, com ênfase em Eletrônica, pela PUC-RS, com pós-graduação em Administração Industrial pela USP e MBA em Marketing pela ESPM. Atualmente é diretor da Tagout, indústria de produtos de Bloqueio e Etiquetagem que oferece consultoria, treinamento e elaboração de procedimentos para implantação do Programa de Controle de Energias Perigosas (PCEP).

Para dúvidas, envie um e-mail para contato@tagout.com.br ou acesse: www.tagout.com.br 

 

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