Jovens são os mais acometidos por doenças ocupacionais, aponta estudo

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Jovens de 15 a 29 anos são os mais afetados pelos acidentes de trabalho: um terço (33,03%) de todos as notificações entre 2016 e 2022 aconteceram em pessoas nessa faixa etária, ou seja, 345,4 mil ocorrências no período vitimaram esse público no país.

Os números são do dossiê “Panorama da Situação de Saúde de Jovens Brasileiros de 2016 a 2022: Intersecções entre Juventude, Saúde e Trabalho”, elaborado pela Agenda Jovem Fiocruz (programa da Coordenadoria de Cooperação Social da Presidência do órgão às pessoas de 15 e 29 anos) e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS), divulgado em dezembro.

Os homens são a maioria das vítimas: o levantamento aponta 78% dos casos, representando uma quantidade três vezes maior do que a de mulheres acidentadas.

 

Informalidade  e os riscos aos jovens

 

Segundo o estudo, a informalidade é o grande problema: dados da PNAD Contínua analisados pelos pesquisadores da Fiocruz mostraram que de todos os jovens ocupados no mercado de trabalho, 43,6% estão nessa situação e os entre 18 a 24 anos (70,1%) estão ocupados ou em busca de emprego.

“A idade deve ser vista como um marcador social para compreendermos as condições que levam agravos à saúde. A juventude é um período de muitos percursos paralelos até a vida adulta, nos quais as pessoas buscam inserção em diferentes esferas da vida como o trabalho, a sexualidade e mudanças de posição na estrutura familiar”, salienta André Sobrinho, coordenador da Agenda Jovem Fiocruz e um dos organizadores do dossiê.

“Ao mesmo tempo, a juventude é muito heterogênea, se consideramos as distinções entre adolescentes e jovens, além dos marcadores de gênero, raça e de localização territorial onde a vida acontece”, acrescenta o pesquisador.

 

A íntegra do documento pode ser acessada neste link

 

Foto: Sheila Pinheiro/ R7

 

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