As novas formas de empregabilidade e também a inserção de novas doenças relacionadas ao trabalho impulsionaram a busca por formação e residência em Medicina do Trabalho, reconhecida como especialidade em 2003, pela Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 1643/2003.
Uma pesquisa publicada pelo site de cursos Eu Médico Residente mostrou que de 2012 a 2022 o número de especialistas foi maior do que 50%, ou seja, foram registrados em mais de 8 mil médicos, figurando entre as oito especialidades com o maior número de especialistas (em torno de 20 mil profissionais).
“Entre 2017 e 2022, já tivemos vagas ociosas. No entanto, nos dois últimos anos, a procura foi retomada, chegando até 20 candidatos por vaga no último ano. Temos um bom resultado de empregabilidade dos residentes, a maioria deles já sai da residência com emprego em empresas reconhecidas”, explica Dra. Flávia Souza de Almeida, coordenadora e preceptora da Residência em Medicina do Trabalho da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP), em reportagem da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT).
Residência e especialização
Em geral, a especialização dura 24 meses e envolve temas como ambiente de trabalho seguro, interdisciplinaridade e reflexões sobre direitos dos trabalhadores, além das práticas nas especialidades mais comuns na rotina do médico do trabalho, como dermatologia, otorrinolaringologia, oftalmologia, fisiatria, ortopedia entre outros.
“As competências essenciais para se tornar um médico do trabalho de excelência foram adquiridas durante minha formação na pós-graduação. A evolução contínua no campo da Medicina do Trabalho e a crescente demanda por profissionais qualificados têm sido evidentes nos últimos anos, impulsionadas pelas transformações decorrentes da globalização e pelo uso cada vez mais avançado de tecnologias”, comenta Ana Paula Martins, egressa da Universidade de Fortaleza (Unifor) e atuando como médica do trabalho.
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