Saúde mental no trabalho: NR-1 promove uma nova era na gestão de riscos ocupacionais
A saúde mental é tema recorrente nos dias atuais, em especial no ambiente de trabalho. Agora, essa pauta tão pertinente vai precisar ser citada nos relatórios de gerenciamento de riscos ocupacionais para atender a NR-1.
Durante reunião ocorrida em julho, a Comissão Tripartite Paritária Permanente, composta por integrantes do governo, sindicatos de trabalhadores e confederações de empregadores, que discute temas de Segurança e Saúde do Trabalho (SST), decidiu incluir questões psicossociais e de assédio no ambiente organizacional na Norma Regulamentadora Nº 1 (NR-1), principal regramento que trata da gestão de riscos das organizações.
Objetivos da NR-1
As novas diretrizes devem entrar em vigor nove meses após a publicação da norma, informa à Agência Brasil, Rogério Araújo, secretário de Inspeção do Trabalho substituto do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). “Essa atualização é muito importante. O objetivo é evitar o excesso de sobrecarga de trabalho e dar atenção às questões do ambiente de trabalho saudável sem assédio e nenhum tipo de violência. As empresas terão que fazer a gestão desses ambientes de trabalho para evitar o adoecimento mental do trabalhador”, detalha.
Nas indústrias
Uma boa prática voltadaaos trabalhadores da indústria está sendo feita em Santa Catarina. A unidade do Serviço Social da Indústria (SESI) do Vale do Itajaí Mirim tem um programa especial denominado “Saúde Mental SESI + Saúde”, que conta com um pool de soluções preventivas às doenças como ansiedade, depressão e outros transtornos.
Palestras, workshops, atendimentos clínicos em psicologia, capacitações de lideranças, rodas de conversa e pesquisas são algumas das atividades desenvolvidas pelo programa, que, primeiramente, realiza um diagnóstico personalizado, adequando-se as necessidades de cada empresa.
“Cuidados com a saúde mental envolvem práticas que promovem o equilíbrio emocional, a resiliência e a capacidade de lidar com o estresse e as adversidades. Por isso é tão importante que as empresas e seus líderes estejam preparados e fiquem atentos aos sinais”, argumenta Silvana Meneghini, gerente executiva regional da unidade.
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