Sinais que indicam a necessidade de uma pausa mental no trabalho

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Relatórios, reuniões, metas a cumprir. No trabalho as exigências são muitas, ainda mais atreladas as da vida pessoal. Além da fadiga física, nossa mente fica sobrecarregada com o estímulo quase ininterrupto de informações, extrapoladas pela tecnologia. Resultado: a saúde mental fica comprometida e, consequentemente, a produtividade. “A exaustão mental tem acontecido com mais frequência do que as pessoas imaginam. Elas acabam não percebendo e seguem tocando a vida como dá”, explica Luiz Scocca, psiquiatra, ao UOL.

As organizações precisam estimular os seus colaboradores a fazer intervalos, o que inclui programas de saúde mental, saúde ocupacional, psicologia e também manter um local de trabalho saudável e ergonômico, alertam os especialistas.

 

Indícios para a pausa mental

 

De acordo com artigo publicado pela plataforma de meditação Calm (Calma, em inglês), os sinais mais comuns de tal exaustão são, além do já citado cansaço constante (mesmo aos períodos fora do trabalho), apatia, irritabilidade, alterações no sono e apetite, bem como dores.

Outro problema que indica a necessidade de pausa e até a busca por uma ajuda profissional é a chamada “Brain Fog”, ou, em tradução literal, “névoa mental”, ou seja, um estado de confusão, esquecimento, distração, dificuldade de concentração e pouca clareza das ideias.

 

Pausas são importantes, não “frescura”

 

Como saber então que precisamos de pausa? A pergunta pode parecer boba, mas, infelizmente, não é muito feita, entendida como “frescura” e só é compreendida da pior maneira: quando o corpo e cabeça já estão estafados. “Ao ouvirmos ‘fazer uma pausa’, logo pensamos em férias. Mas as pausas mentais assumem várias formas e podem ser feitas a qualquer tempo”, destaca o texto da Calm.

Segundo o artigo, é importante durante o dia dar-se um tempo das obrigações e dedicar alguns momentos para si. Para algumas pessoas, dez minutos de meditação já são suficientes. Já para outras, sair do escritório e tomar um sorvete, ou a famosa pausa para o cafezinho, ler um livro (de preferência físico, para sair das telas), caminhar ou apenas relaxar já são suficientes para tornar esse ato um hábito.

Outras dicas são a prática de exercícios, ouvir música, técnicas de respiração, escrever à mão uma lista de prioridades para si (e agradecer a cada êxito e não se sentir mal quando não for alcançado). “Não se trata de uma folga, vale lembrar. É um momento para si, uma prática essencial de autocuidado diário”, reforça o texto.

 

Comunicação com a empresa

 

Mas, como dizer às lideranças sobre essa situação? A recomendação é ter uma conversa sincera, sem escrutinar todas as angústias, mas reforçar a necessidade de ajuda. Cabem às companhias darem um aporte ou criar ações para evitar afastamentos. Já aos funcionários, é essencial fazer um exercício de pensamento para entender os motivos de cansaço extremo, aconselha Luiz Scocca. “É importante não internalizar a queda de rendimento, a procrastinação e até o Burnout. Tenho pacientes que se sentem culpados. Devemos perceber que está muito difícil para todo mundo. Não transforme a fadiga mental em uma falha. Esse pensamento de culpa faz muito mal”, finaliza o profissional.

Foto: Caiaimage/Paul Bradbury/Getty Images

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