Amazon é autuada por expor os trabalhadores a riscos ergonômicos
A gigante de comércio online Amazon não está em seus melhores dias. Demissões em massa em suas unidades pelo globo, queda nas vendas e casos de assédio são apenas uma amostra. O problema mais recente foi com a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional.
O órgão emitiu uma notificação contra a empresa alegando que violou as leis de segurança e falhou em manter os trabalhadores seguros em três armazéns, propondo multas que chegam no total de US$ 60.269 relacionadas às violações. Vale lembrar que mesmo com esse cenário, a Amazon registrou US$ 127 bilhões em vendas apenas no terceiro trimestre de 2022.
Em comunicado à imprensa, a citação decorre de inspeções em três armazéns em Deltona, Flórida, Waukegan, Illinois e New Windsor, Nova York. A OSHA diz que a Amazon “expôs os trabalhadores a riscos ergonômicos e atingidos” no local, colocando-os em “alto risco de lesões lombares e outros distúrbios musculoesqueléticos”.
Violações de SST
Doug Parker, secretário adjunto de Segurança e Saúde Ocupacional, atribuiu parte da culpa ao ritmo que a Amazon estabelece aos funcionários. “Cada uma dessas inspeções encontrou processos de trabalho projetados para velocidade, mas não para segurança”, disse, apontando que o sistema mais enfoca o envio de pacotes, deixando de lado o principal: a segurança do trabalhador.
A Amazon discorda. A porta-voz Kelly Nantel, em nota, alega que a empresa leva em a segurança e a saúde dos funcionários “muito a sério e discordamos veementemente dessas alegações e pretendemos apelar”.
Segundo a OSHA, a Amazon recebeu citações por 14 violações de manutenção de registros em 2022 por não registrar lesões e doenças laborais dentro dos prazos exigidos, além de não fornecer a autoridade registros oportunos sobre essas lesões. Foram propostas multas de US$ 29.008, estas faziam parte da mesma investigação das citações anunciadas em 18 de janeiro.
Foto: Reprodução – Amazon