Saúde do trabalhador no cultivo de maçã é tema de debate no SC

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O agronegócio é uma das atividades mais proeminentes no Brasil, especialmente no que se refere ao cultivo de frutas, como a maçã. Informações da FAO, órgão das Nações Unidas (ONU) responsável para área de alimentos (2022), mostram que o país figura entre os dez maiores produtores do mundo.

Fazendo um recorte, os três estados do Sul encabeçam a produção, por conta do clima propício, sendo Santa Catarina o maior deles, com 52%. De acordo com a fornecedora de maquinários agrícolas Kuhn, a cultura de pomares de maçã gera 50 mil empregos diretos no Brasil e apenas para a colheita, que é manual, são necessários cerca de 45 mil trabalhadores.

 

SST para agricultor de maçã

 

Para evitar lesões a esses trabalhadores é preciso investimentos em SST e também orientação. O Programa Trabalho Seguro (PTS), ação nacional realizada pelos Tribunais Regionais do Trabalho, promoveu o seminário “Trabalho Seguro e o Setor da Fruticultura da Maçã”, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) na cidade de Lages, promovido em setembro pelo TRT-12, SC.

Relação entre SST e direitos humanos, sustentabilidade, boas-práticas e proteção de trabalhadores em migração temporária nortearam o evento, em que, na ocasião, cinco empresas do setor aderiram ao PTS, unindo-se a mais de 150 delas, além de sindicatos e órgãos públicos.

 

Compromisso das instituições

 

Estiveram presentes as juízas do trabalho Patrícia Pereira de Sant’Anna e Andréa Haus Waldrigues, ambas do Foro de Lages, o desembargador Cesar Luiz Pasold Júnior, gestor regional do PTS no TRT-SC;desembargador Cláudio Cassou Barbosa e o juiz do trabalho Marcelo Caon Pereira, ambos do TRT-RS; e a desembargadora Ivani Contini Bramante, do TRT-SP, bem como membros do Ministério Público do Trabalho.

“Sem natureza fiscalizatória, a adesão ao PTS endossa que a instituição se compromete a colaborar na implementação em parceria com a Justiça do Trabalho de políticas públicas que visem à promoção da saúde e da segurança no trabalho; promover estudos e pesquisas sobre causas e consequências dos acidentes de trabalho; e realizar ações educativas e pedagógicas a fim de sensibilizar a sociedade sobre o tema”, informa nota.

Foto: Isabela Barbosa

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