A importância do Técnico de Técnico de Segurança do Trabalho em tempos de inovações e crescentes desafios
Estamos próximos do dia do Técnico de Segurança do Trabalho, lembrado em 27 de novembro, profissional de extrema importância para garantir que as normas regulamentadoras, as proteções aos trabalhadores e a utilização dos equipamentos de proteção individual e coletivos (EPI e EPC) estejam sendo cumpridas para salvaguardar vidas no ambiente laboral.
Essa área está em plena ascensão: segundo o site Glassdoor, dedicado a tratar de trabalho e empregabilidade, remuneração total mensal estimada é de R$ 4.828,00 (em São Paulo), cujo cálculo é baseado nos salários coletados dos usuários da plataforma.
A relevância dos profissionais técnicos de segurança do trabalho não é para menos: dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho mostraram que 15,9 mil trabalhadores morreram no Brasil no período entre 2016 a 2022, aumento de 25,4% nos óbitos, que saltaram de 2.265, em 2016, para 2.842, em 2022.
À Agência Brasil, Remígio Todeschini, diretor de Conhecimento e Tecnologia da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), salienta que para diminuir esse cenário, a vigilância e a cobrança permanente das normas, a implementação de Programas de Gerenciamento de Riscos (PGRs) e a participação do trabalhador nas CIPAs são essenciais.“É preciso que haja uma reversão das políticas compensatórias e indenizatórias para políticas de promoção, proteção, prevenção dos acidentes, com essa participação ativa dos envolvidos”, destaca.
Formação constante do Técnico
O curso de Técnico de Segurança do Trabalho tem a duração média de 1.200 horas e seu escopo engloba a análise da Política de SST de uma empresa ou órgão público, legislação referente ao assunto, identificação de riscos físicos, químicos e biológicos, conscientização sobre prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, além de lidar e orientar todos os atores de uma organização em situações de emergência. E mesmo após formado, esse profissional precisa estar constantemente atualizado para promover com ainda mais excelência essa função de assegurar que os trabalhadores atuem sem riscos de acidentes ou desenvolva alguma doença ocupacional.
”Cursos que tratem do tema para a equipe e funcionários de uma maneira geral fortalecem o conhecimento sobre os temas de saúde ocupacional e orientam os fluxos e condutas dos servidores frente as adequações e realidades exigidas pela legislação vigente”, salienta Bianca Tourinho, médica do trabalho na Empresa de Gestão de Recursos do Piauí (Emgerpi).
Mapa de riscos
Um bom exemplo na prevenção de acidentes está no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), que recentemente afixou em suas instalações o Mapa de Riscos das unidades judiciais e administrativas.
Desenvolvido pela Coordenação de Saúde Ocupacional (COSOP), a representação gráfica indica àqueles que acessam o espaço tenham ciência dos riscos existentes, sendo físico, químico, biológico, ergonômico e acidente e cada um deles é analisado considerando três níveis: tolerável, moderado e alto.“É um instrumento preliminar de identificação e classificação, para informar e orientar a todos os que ali trabalham e a outros que, eventualmente, transitem pelo local. Isso contribui para diminuir a ocorrência de acidentes”, explica Marcos Lage, coordenador de Saúde Ocupacional do TJBA.
A iniciativa faz parte do Programa de Prevenção de Riscos Ocupacionais (PPRO), da Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGESP) da Casa, em atenção ao que determina a Resolução CNJ n. 207/2015.
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