Atuação da Fisioterapia e Terapia Ocupacional promove saúde e previne acidentes de trabalho

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Estamos no mês dedicado ao profissional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, cujo papel é importante na prevenção de acidentes dentro do ambiente laboral, além de auxiliar o trabalhador já lesionado, podendo atuar desde clínicas particulares até na prestação de serviços em estabelecimentos públicos.

Letícia Padilha, presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 16ª Região (Crefito-16), MA, explica as diferenças entre as duas profissões, ambas pertinentes à saúde das pessoas. “Enquanto a fisioterapia foca na reabilitação física, motora e funcional dos pacientes, a terapia ocupacional busca promover a autonomia e a capacidade funcional em atividades do dia a dia, considerando aspectos físicos, psicológicos e sociais”, salienta, em entrevista programa ‘Mais Saúde’, exibido pela TV Assembleia do Maranhão.

 

Expansão da Fisioterapia e Terapia Ocupacional

 

Segundo um levantamento da Universidade de Fortaleza – Fundação Edson Queiroz (UNIFOR), CE, mostrou que a busca por profissionais de terapia ocupacional, cresceu 35% na contratação formal nos últimos dois anos, seja no setor público ou na iniciativa privada.

“Esse aumento tem como fator principal a pandemia de Covid-19, que afetou diretamente a saúde física e mental, o que incluiu a instabilidade no trabalho, aumentando o nível de estresse e sofrimento psíquico dos brasileiros. A busca por ajuda é fundamental, principalmente quando quadros como insônia, irritabilidade, desânimo e ansiedade, impactando na qualidade de vida”, explica Elcyana Bezerra Carvalho, terapeuta ocupacional e professora da UNIFOR, ao g1.

Letícia Padilha, Crefito-16, alerta que é preciso se atentar na contratação de profissionais, sendo essencial a fiscalização para assegurar a qualidade dos serviços prestados, evitando práticas irregulares e protegendo tanto os profissionais quanto os pacientes. “A necessidade de ampliar esses serviços é urgente. A ausência de profissionais na rede pública limita o tratamento de muitos maranhenses que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para reabilitação e inclusão”,complementa.

 

Melhoria da dor

 

“VenceDor”. Este é o nome do Projeto de Extensão promovido pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), que realizou recentemente um grupo de atendimento a trabalhadores com dor crônica por meio de parceria com Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST), da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Uberaba, e acontece no próprio CEREST, uma vez por semana.

Na terapêutica, o gerenciamento da dor, promoção e educação em saúde, além da prevenção de agravos, o que inclui a promoção do próprio autocuidado, relações corporais com o trabalho e a possibilidade de vislumbrar o lazer e o envolvimento em ocupações significativas. “O projeto tem como foco auxiliar socialmente, não apenas a um retorno ou realização das atividades de trabalho de forma bem-sucedida, mas também à uma rotina saudável com bem-estar em outros aspectos da vida”, destaca Fabiana Caetano Dutra, professora-coordenadora do projeto.

Com uma intervenção integral, centrada no paciente e baseada na ocupação, o projeto tem em seu escopo a prática e vivência interdisciplinar, o que envolve diferentes profissionais da área da saúde do trabalhador, como médico do trabalho, fisioterapeuta, assistente social e enfermeiro.

“A oferta desse serviço de saúde especializado na cidade é quase nula, principalmente à população que depende do SUS. Os possíveis resultados do VenceDor podem proporcionar cuidados de qualidade à saúde, expandindo os serviços já oferecidos pelo CEREST e, de forma mais ampla, às perspectivas de desenvolvimento político e social da população mais carente da sociedade que ocupa nossos serviços públicos de saúde”, conclui a professora.

Foto: SESI-ES

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