Condições de trabalho refletem na saúde dos catadores e exige mais ações de educação ambiental
Os acidentes ocupacionais podem acontecer em várias categorias e quando falamos de quem lidacom manejo de materiais destinados à reciclagem, o cenário é ainda desolador. Más condições de trabalho, sem nenhuma cobertura previdenciária e de saúde, são uma realidade que enfrentada todos os dias por essas pessoas.
Estimam-se que existam de 800 mil catadoras e catadores em atividade no país, sendo 70% do gênero feminino, de acordo com o MNCR (Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis). A profissão foi reconhecida em 2002 pela Classificação Brasileira de Ocupações, sendo profissionais que recolhem, selecionam e vendem todo tipo de material que possa ser reciclável.
Saúde dos catadores
Apesar de tamanha importância, esses trabalhadores sofrem com problemas como cortes, contaminação durante a manipulação de lixo por descarte irresponsável, e casos mais sérios como risco de atropelamentos, a própria forma de como carrega o material e também a carroça, além exposição excessiva às variações climáticas e a violência nas ruas.
Alex Araujo, CEO da 4Life Prime Saúde Ocupacional, frisa que a criação de associações e cooperativas com estrutura de atendimento a esses profissionais poderiam ajudar a minimizar essa questão. “Há várias organizações de atendimento que apoiam esses trabalhadores, oferecendo automóveis para coleta, galpões de separação, prensas para reciclagem e materiais de proteção ao trabalhador”, diz.
Contudo, o caminho é ainda longo a ser percorrido, salienta o gestor, enfatizando também a importância de conscientização da população sobre educação ambiental, facilitando também as condições laborais dos recilcadores. “Empresas e corporações podem organizar treinamentos, palestras com seus funcionários, instalações de lixeiras de coleta seletiva, a fim de incentivar a conscientização e o hábito de reciclar no ambiente de trabalho”, finaliza Araujo.
Foto: Reprodução/RMAI