Desde março, quando o Brasil passou a enfrentar a chamada segunda onda da Covid-19, o OGMO Paranaguá, Órgão Gestor de Mão de Obra do Trabalho Portuário do Porto de Paranaguá, redobrou os protocolos de segurança para evitar um aumento no número de casos entre os 2,5 mil Trabalhadores Portuários Avulsos (TPAs), 28 Operadores Portuários (OPs) e centenas de colaboradores.
O maior porto graneleiro da América Latina e segundo maior do Brasil não paralisou suas operações um só dia devido à pandemia do novo coronavírus e chegou a bater recorde de movimentação de produtos em 2020.
Em conjunto com a Portos do Paraná, a equipe médica exclusiva para casos suspeitos de Covid-19 do OGMO Paranaguá, que vêm atuando desde o início da pandemia, passaram a realizar abordagens aos TPAs, entrevistas (causas, sintomas e cuidados) e testagem rápida por amostragem na entrada do porto. No início e fim dos turnos, os trabalhadores passam por aferição de temperatura, respondem a um questionário sobre Covid-19 e realizam um teste rápido, com coleta de gotas de sangue de um dos dedos para indicar se está ou esteve recentemente infectado.
Eventuais resultados positivos são posteriormente confirmados pelo teste sorológico PCR-RT, com coleta das secreções respiratórias. “Com isso, o trabalhador é bloqueado para acesso ao porto, encaminhado para tratamento adequado e monitorado, assim como os trabalhadores com quem ele teve contato direto. O efeito em casos positivos vem sendo muito bom e o novo sistema está funcionando de maneira bastante dinâmica”, explica Eriberto Westphalen, Médico do Trabalho do OGMO Paranaguá.
Até o momento, a equipe médica do órgão realizou 477 testes rápidos, com 34 resultados positivos confirmados por PCR. Desde o início da pandemia de Covid-19, o OGMO Paranaguá registrou entre os trabalhadores 129 casos confirmados, com 120 recuperados, cinco em tratamento e quatro óbitos. Além disso, 72 suspeitas de casos foram descartadas e mais cinco estão, atualmente, em investigação.