Ergonomia mostra bons resultados para reduzir custos e aumentar o bem-estar nos ambientes de trabalho e escolar

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Impossível se sentir bem após uma crise de dor nas costas, não é mesmo? E quando a causa é a má postura por estar em uma mesa de trabalho mal posicionada, sem equipamentos ergonômicos adequados? Pois esse problema, quando solucionado, não garante apenas produtividade, mas também bem-estar e qualidade de vida nos ambientes profissional e escolar.

Para Jéssica da Silva Gonçalves, coordenadora de Ergonomia da Salvia Saúde Corporativa, em entrevista à Carta Capital, as organizações que investem em recursos ergonômicos reduzem despesas em ações trabalhistas, além de contribuírem para um ambiente mais seguro e produtivo. E isso começa desde a admissão do colaborador, com exames que verificam as condições de saúde, até uma análise mais acurada do próprio local de trabalho, bem como a promoção de ações preventivas, seja a quem atua presencialmente, seja a quem está remotamente.

 

De olho na postura

 

Outro ponto a ser observado é, literalmente, a postura dos trabalhadores dentro do ambiente laboral. De pegar uma caixa, a posição do monitor do computador até se sentar em uma cadeira no escritório, tudo pode ser passível de gerar uma lesão.

“Muitas pessoas trabalham em posições inadequadas, com laptops mal ajustados e cadeiras sem suporte lombar. Isso gera sobrecarga nos ombros, punhos e coluna. A falta de mobilidade durante o dia também agrava esses problemas, intensificando o desconforto”, alerta Felipe Tadiello, fisioterapeuta e mestre em Ciências da Saúde Aplicada ao Esporte e à Atividade Física pela Universidade Federal Paulista (UNIFESP), à CNN.

A promoção de práticas de atividades é uma boa pedida para evitar essas lesões. Também é ideal pequenos ajustes no local, como dito, ou seja, as cadeiras, para que os pés fiquem apoiados no chão, os braços em ângulo de 90 graus e a tela na altura dos olhos, por exemplo.

 

Ambiente escolar

 

Quando falamos em ergonomia, apenas pensamos no trabalho, mas também nos estudos é preciso pensar no assunto. Um acidente de trabalho em uma fábrica de materiais para construção civil foi o start para José Cláudio dos Santos Silva desenvolver uma pesquisa sobre a ergonomia, porém no ambiente escolar.

O mestre em Educação Profissional e Tecnológica (EPT), especialista em engenharia de segurança do trabalho e arquiteto, Santos fez um levantamento dentro do campus do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) de Arapiraca com 35 estudantes, que opinaram sobre os equipamentos de assento e a estrutura arquitetônica das salas de aula. “O ambiente escolar é o local onde as pessoas passam grande parte do seu tempo, conforme a quantidade de atividades propostas. Entretanto, a abordagem ergonômica pouco tem crescido nesse ambiente, sendo mais frequente em hospitais e indústrias”, ressalta.

Os resultados viraram o e-book “Ergonomia no Ambiente Escolar na EPT”, em que trata da importância do tema, como adaptar a disposição dos espaços, permitindo fácil acesso aos materiais e ferramentas necessárias no ambiente de estudo, facilitando a realização de tarefas práticas de maneira eficiente e segura.

Foto: Freepik

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