Especialistas apresentam novo método para avaliar descontaminações de EPIs

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O Consórcio Internacional de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, formado por oito países, se reuniu com os pesquisadores Hamilton Ramos e Sérgio Monteiro, do Brasil; e Anugrah Shaw, norte-americana, da Universidade de Maryland Eastern Shore, no dia 14 de setembro, para apresentar dados do estudo desenvolvido no laboratório do Centro de Engenharia e Automação (CEA) do Instituto Agronômico (IAC), de Jundiaí (SP). O encontro envolveu ainda especialistas da Alemanha e da França para tratar de um novo método, desenvolvido no Brasil, para avaliar descontaminações de EPI ou vestimentas protetivas agrícolas.

Na ocasião, Ramos e Shaw apresentaram ao Consórcio Internacional dados completos desse estudo, concluído no laboratório do Centro de Engenharia e Automação (CEA) do Instituto Agronômico (IAC), de Jundiaí (SP). A pesquisa teve por objetivo definir parâmetros de segurança protetiva para EPI à base de algodão e poliéster, largamente utilizados nas aplicações de agroquímicos.

“Outros países-membros do Consórcio, como Alemanha e França, concluíram metodologias semelhantes à nossa. Na reunião, o conjunto de resultados das análises será contraposto, tendo em vista a adoção futura de um padrão mundial para avaliar esses produtos”, explica Ramos, também diretor do CEA-IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP.

 

Riscos dos EPIs

 

Hamilton Ramos coordena há mais de 16 anos o programa IAC-Quepia de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura. A iniciativa, financiada com recursos privados, já resultou na queda das reprovações de qualidade de vestimentas agrícolas fabricadas no Brasil, que eram da ordem de 80% do montante analisado pelo programa, em 2010, para menos de 20%.

Segundo o pesquisador, um ponto relevante do estudo, que será inicialmente levado ao Consórcio Internacional e posteriormente divulgado no Brasil, é possibilitar a recomendação técnica do IAC-Quepia quanto à destinação dos EPI de algodão e poliéster, após o final da vida útil ou do prazo de validade dos produtos.

“Teremos um método validado para estudar se tais EPI oferecem risco ambiental, se podem ser descartados como lixo comum ou se, mesmo vencidos, podem ser reutilizados para trabalhos rurais cotidianos, exceto nas aplicações de defensivos”, exemplifica Ramos. Conforme o pesquisador, o método desenvolvido no Brasil prevê ainda diretrizes relacionadas à redução de resíduos de agroquímicos, com vistas à proteção do trabalhador rural usuário de EPI de algodão e poliéster.

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