Levar a prática dos compromissos ESG aos colaboradores auxilia na preservação de vidas

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Como levar, para o dia a dia dos colaboradores, a aplicação eficiente do Ambiental, Social e Governança, o tão falado termo ESG (sigla do inglês para Environmental, Social and Governance)? Pois é esse é o desafio para construtoras, centros culturais, hospitalidade e tantas companhias e também foi o mote do Festival de Cultura ESG e Sustentabilidade, promovido pela Unibes Cultural, em São Paulo.

O foco do festival gratuito, ocorrido em novembro, em formato presencial e com transmissão no canal do Youtube, foi levar vários pontos de vista sobre o tema, por meio de três palestras com profissionais de áreas diversas entre si, com os eixos Cultura para ESG; Cultura e ESG circulante e residente e Cultura e ESG na era digital. Mesmo com a diversidade de eixos, o “S”, do Social, foi o que mais ganhou destaque, já que em tempos cada vez mais globais e conectados, o fator humano não deve ser deixado de lado.

O painel 2 (“Cultura e ESG circulante e residente – como impactar positivamente pessoas que visitam ou ocupam nossos espaços?”), contou com a presença de Marcella Arruda, diretora executiva do coletivo A Cidade Precisa de Você; Elaine Imperatriz Vieira, superintendente executiva da Unibes Cultural; Caio Guerreiro Granja, coordenador de Qualidade e Sustentabilidade na Construtora Even; João Francisco Whitaker Gonçalves Dias, gerente de Sustentabilidade na rede Accor Hotels; Renan Andrade Silva, coordenador das Ações Culturais e Acervo do Metrô de São Paulo e moderação de Márcio Mendes, consultor da área de Sustentabilidade e apoiador da Abraps (Associação Brasileira dos Profissionais de Desenvolvimento Sustentável), uma das parceiras da Unibes.

 

ESG na Indústria da Construção

 

Área em grade expansão no Brasil, a Indústria da Construção enfrenta o desafio em manter seus negócios mitigando ao máximo os impactos ambientais, além de manter a integridade de seus trabalhadores.

Durante sua palestra, Caio Granja apresentou as soluções que a Even desenvolve no tema, como o ESG em escalas, ou seja, a cada degrau que a incorporadora conquista, tudo é mensurável e conversado por todos os atores envolvidos. Em Segurança e Saúde do Trabalho por exemplo, auditorias periódicas são realizadas, bem como o controle de integração via plataforma eletrônica de Gestão de Documentos Trabalhistas. “Todas as pessoas que vão trabalhar na nossa construção passam por treinamentos e nenhumas delas entra na obra sem estar com todos os itens de segurança garantidos”, frisou durante sua palestra.

Ao ser perguntado sobre como é feita a conversa com os colaboradores dentro da obra em relação ao ESG e seus desdobramentos, enfatizandoa importância da utilização de equipamentos de proteção e também como o meio ambiente precisa ser preservado e esses trabalhadores podem ser multiplicadores dessas boas práticas, Granja respondeu que a construtora tem algumas ações nas obras, como o ensino de informática.

“A figura do mestre de obras é essencial. É o elo entre nós, da Even, e os trabalhadores e fazemos muitas ações conjuntas para que essas informações sejam levadas e entendidas a todos os trabalhadores dentro da construção. Recentemente, fizemos uma oficina de fotografia pinhole com essas pessoas, que fotografaram a obra, as caçambas, o uso de seus materiais e isso é não apenas levar cultura, é também mostrar que o trabalho deles é importante. É lançar um olhar mais sensível”, frisou.

 

Outras iniciativas

 

O Sesi conta com uma assessoria especializada para auxiliar as empresas a estarem em dia com a elaboração de laudos técnicos e entender as normas regulamentadoras. “O cumprimento dessas informações é primordial a fim de promover a segurança de todos, garantir saúde ocupacional e programas de bem-estar, manter um diálogo transparente e cuidar do clima organizacional para preservar a saúde mental dos colaboradores é fundamental e está ligado aos indicadores ESG”, informa nota da unidade no Paraná.

Vale ressaltar que cuidar da saúde e bem-estar dos colaboradores, seguir as NRs e respeitar as legislações é responsabilidade para negócios sustentáveis, que precisam projetar o futuro, olhando o hoje. “A SST tem impacto em cinco dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS), da ONU, que, por sua vez, são base do ESG. Promover espaços de trabalho saudáveis fisicamente e mentalmente, pensando em ações que saem da empresa, como a oferta de bons benefícios, é parte disso”, destaca o Sesi Paraná.

Foto: Keli Vasconcelos

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