Logística em expansão: ergonomia e tecnologia garantem saúde e produtividade

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Nunca a palavra ergonomia fez parte do vocabulário de quem atua com transporte e movimentação de cargas. A Logística é um setor que está em plena expansão: até 2025, ela e áreas de logística, construção civil, vestuário e energia devem abrir 540 mil novas vagas no Brasil, aponta o Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Essa demanda, contudo, não pode ser deixada de lado a importância para não apenas em garantir as entregas aos clientes, mas também assegurar sua saúde desse contingente de trabalhadores. Para tanto, é necessária a adoção de uma metodologia de trabalho eficiente, reduzindo lesões por esforços repetitivos e de distúrbios osteomusculares, comuns a quem trabalha nessas funções.

 

Ergonomia na logística

 

Uma ferramenta preponderante é a adaptação dos postos de trabalho mais ergonômicos e inteligentes e a tecnologia é uma grande aliada, aponta Eduardo Andrade, técnico de segurança de trabalho da INVENT, empresa especializada em automatização de processos logísticos. “Muitos sistemas de armazenagem ajudam os funcionários a assumirem uma postura correta. Um exemplo é o sistema de armazenagem em carrossel que, por ser rotacional, não exige que o trabalhador fique se agachando para apanhar algum produto em operações de picking. É fundamental orientar o colaborador a assumir a postura adequada e condicioná-los a suportar determinadas cargas de trabalho. Embora isso não extinga definitivamente as possibilidades de lesões, reduz bastante a sua incidência”, explica.

 

NR-17

 

A Norma Regulamentadora 17 trata especificamente das melhores condições de ergonomia e é uma guia importante a ser seguida. Com revisão recente, a NR-17 determina o recurso de Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP), uma etapa inicial para identificação e classificação do risco ergonômico, devendo ser integrada ao PGR (Programa de Gestão de Risco).

Para Gabriela Nunes, ergonomista do SESI-SP, com a elaboração da AEP é possível estudar de forma mais assertiva a atividade de trabalho apontando soluções ergonômicas e oferecendo subsídios para adequações. “O foco passou a ser gerencial, deixando de ser apenas documental e esse processo de levantamento de dados oferece base para atuar com as questões ergonômicas dentro dos postos de trabalho, destacando à empresa onde estão os pontos mais urgentes. Assim cria-se um plano de ação e torna esse processo mais dinâmico”, salienta.

O estímulo as pausas e revezamento de funcionários, projetos ergonômicos bem orientados e educação do próprio trabalhador sobre práticas saudáveis de trabalho são outras recomendações dos especialistas.

Foto: divulgação Invent

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