OIT e Ligas de futebol entram em acordo para diminuir desigualdades no esporte
A Copa do Mundo não termina somente no apito final e a entrega da taça, mas ainda reverbera dentro e fora de campo quando o assunto é valorização de jogadoras e jogadores e combate a casos de discriminação e racismo.
A Organização Internacional do Trabalho, a OIT, se reuniu com o Fórum Mundial das Ligas e a Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais e firmou, em 2022, o Acordo Global Trabalhista, cujo foco é melhorar paridade entre mulheres e homens no esporte. “O futebol tem o poder de inspirar e unir pessoas de todas as nacionalidades e condições de vida, independentemente de gênero e etnia. Os jogadores e as jogadoras de futebol precisam ser protegidos pelos princípios e direitos fundamentais no trabalho.”, disse, na ocasião, Guy Ryder, diretor-geral da OIT.
Em outra reunião, realizada em janeiro na sede da Organização, em Genebra, foi incentivado o fortalecimentode iniciativas de trabalho justo e sustentável entre jogadores.
Condições justas para todos
Quando pensamos em futebol e condições de trabalho, um dos pontos mais citados são as contusões, como ferimentos na cabeça, traumatismo craniano e outros incidentes durante as partidas. Como os atletas profissionais que atuam todos os dias na profissão, e na maioria das vezes longe de estádio internacionais, podem também ser protegidos.
Pelo documento, são cobertos 66 sindicatos nacionais de jogadores que representam mais de 60 mil jogadores profissionais. Já o Fórum Mundial de Ligas conta com 44 ligas nacionais e mais 1,1 mil clubes.
Equidade salarial
Outro ponto discutido nesses encontros é a equidade salarial e condições de trabalho entre mulheres e homens na profissão. O acordo alerta a necessidade de maior representação das ligas femininas e salários iguais para jogadoras e jogadores. Essa foi uma das reivindicações da seleção feminina de futebol nos Estados Unidos. A promessa de corrigir a disparidade só foi anunciada em 2022.
Jogadores profissionais também são vítimas de racismo dentre e fora do campo, assim como outras formas de abusos nas redes sociais. Outro ponto a ser combatido entre os atores envolvidos, bem como todos as pessoas dentro e fora dos estádios e jogos.