Para 2021, empresas querem mesclar trabalho presencial e remoto

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O trabalho remoto, total ou parcial, foi adotado por boa parte das companhias. Em maio, segundo a Fundação Getúlio Vargas, faziam parte desse grupo 80% das indústrias e 68% das empresas de serviços. E essa estratégia, aparentemente, agradou também aos empregados, segundo outra pesquisa, desta vez da IBM. Afinal, somente 10% dos entrevistados disseram que gostariam de voltar a trabalhar todos os dias no escritório.

Quanto aos 90% restantes, uma parte prefere passar mais dias em casa e a outra mais tempo no escritório. De toda forma, como se pode ver, a flexibilidade dá o tom dessa nova etiqueta de trabalho e as empresas, para deixar seus funcionários satisfeitos, devem correr para se adaptar a ela. Em outras palavras, o semipresencial venceu.

“Percebemos que o modelo de home office tem funcionado muito bem. Não se perdeu nada em produtividade, pelo contrário, tivemos resultados melhores”, diz Fernando Soni, sócio fundador da Stardust Digital, com sede em Curitiba. “A ideia é que, em 2021, adotemos um formato de rodízio entre os funcionários, para que eles tenham a liberdade de trabalhar em casa e, quando necessário,estejam presentes no escritório”.

Grandes organizações, como Microsoft ou BMG, também têm a perspectiva de tornar o home office uma política permanente, ao mesmo tempo que mantêm seus escritórios para que os colaboradores, caso queiram, tenham um local mais reservado para trabalhar. Ademais, diante da alta de casos de covid-19 registrada nas últimas semanas, aumentou o número de empresas que adiaram a retomada do trabalho presencial. Como aponta a consultoria KPMG, 38% dos entrevistados disseram que deixarão o retorno para 2021, acima dos 26% registrados no levantamento anterior.

Vale destacar, por fim, que a popularização do home office fez também com que o número de ações nas Varas de Trabalho disparasse. No período de março a setembro deste ano, elas subiram 260% em comparação com o mesmo período de 2019. Para reduzir a insegurança jurídica, que acomete empregados e empregadores, o Ministério Público do Trabalho divulgou uma série de recomendações para o home office, que envolvem, por exemplo, limite de jornada, ergonomia e ética.

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