Riscos psicossociais já fazem parte da agenda do ano no âmbito da SST
As empresas retomam as atividades para mais um ano e já têm um compromisso na agenda: a partir de maio, será mandatório a inclusão de análise de riscos psicossociais no processo de gestão de SST.
A exigência é fruto da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de 2024. “A mudança destaca que riscos psicossociais, como estresse, assédio e carga mental excessiva, devem ser identificados e gerenciados pelos empregadores como parte das medidas de proteção à saúde dos trabalhadores”, frisa nota do Governo Federal.
De acordo com a pasta, a fiscalização será feita de maneira planejada e por meio de denúncias encaminhadas ao ministério. “Setores com alta incidência de adoecimento mental, como teleatendimento, bancos e estabelecimentos de saúde, serão prioritários”, explica o comunicado.
Riscos psicossociais
Nas inspeções, os auditores-fiscais vão checar itens pertinentes, como organização do ambiente de trabalho e dados de afastamentos anteriores por doenças como ansiedade e depressão, entrevistando trabalhadores e analisando documentos para identificar possíveis situações de riscos psicossociais.
Para Tatiana Pimenta, especialista no setor e CEO da consultoria Vittude, ao Saúde Business, essa atualização é importante para empresas e colaboradores: “Investir nisso traz ganhos além do cumprimento legal. Um exemplo é a redução dos custos com planos de saúde, que são impactados pelo aumento da sinistralidade associada aos transtornos mentais”, destaca.
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