Saúde mental nas lideranças: empresas buscam soluções para o bem-estar dos gestores
O que prefere: um bom salário ou um ambiente de trabalho que respeita e cuida da saúde mental? Pois a segunda opção é a mais cotada pelos trabalhadores, de acordo com uma pesquisa recente feita pela plataforma de emprego Infojobs. O bem-estar das lideranças é um ponto em destaque nessa questão.
O levantamento aponta que 90% dos profissionais brasileiros consideraram trocar de emprego por esses motivos, 56% não estão felizes no atual ambiente de trabalho e 62% não se sentem psicologicamente seguros. Para piorar, os principais fatores de querer sair do emprego são lideranças tóxicas (66%), cobranças excessivas (41%) e falta de reconhecimento (40%).
“As pessoas não estão mais dispostas a sacrificar seu bem-estar em troca de um salário. Elas querem trabalhar em ambientes que promovam equilíbrio e respeito ao seu estado emocional”, frisa Hosana Azevedo, chefe de recursos humanos da plataforma, à CNN.
Bem-estar às lideranças
A saúde mental é questão que também recai e necessita ser discutida com as lideranças. Outro estudo, da Harvard Business Review indicou que 70% dos novos CEOs se sentem sozinhos por conta de responsabilidades e a natureza de suas posições na empresa.
Para Daniel Vieira, diretor de Pessoas e Cultura do AmorSaúde, rede clínicas populares, ao Terra, aponta que é pertinente as empresas criarem um Comitê de Cultura e a utilizar materiais audiovisuais acessíveis, que reforçaram a comunicação organizacional, além da promoção de ações como sessões de meditação, pintura artística e yoga, e programas de qualidade de vida.
“As lideranças também precisam ser contempladas nesse comitê,a partir de capacitações voltadas ao autoconhecimento e gestão emocional, com o objetivo de prepará-los para lidar com questões relacionadas à saúde mental no dia a dia. A formação de líderes empáticos e preparados é um pilar essencial para promover um ambiente de trabalho saudável”, finaliza.
Foto: Pixabey