Segurança a bordo: como a pandemia da Covid-19 mudará de maneira definitiva as viagens de avião

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Passageiros de máscara, aeronaves vazias, serviço de bordo reduzido e muito álcool gel. A pandemia da Covid-19 mudou a cara das viagens de avião em todo o mundo. Engana-se, porém, quem pensa que elas voltarão a ser como antes uma vez que uma vacina contra o novo coronavírus for desenvolvida.

Com a ajuda da tecnologia, o setor de aviação já iniciava uma revolução na maneira de voar antes desta crise sanitária – e essas mudanças têm sido aceleradas pelas necessidades médicas atuais. A revista “National Geographic” reuniu as principais transformações em curso na indústria. Conheça a seguir o que pode mudar nas suas próximas viagens:

Segurança a bordo: como a pandemia da Covid-19 mudará de maneira definitiva as viagens de aviãoFaxina robótica – Alguns aeroportos dos Estados Unidos já vinham testando o uso de robôs para desinfetar espaços comuns e aeronaves. Agora, as empresas que os produzem começam a aliar a tecnologia já existente à radiação ultravioleta C (UV-C), conhecida por danificar a estrutura dos vírus, impedindo que eles se reproduzam. Na cidade de Pittsburgh, por exemplo, quatro robôs com esse componente já trabalham, durante 10 horas por dia, na limpeza do aeroporto. “O público que viaja os adora”, disse a CEO do terminal, Christina Cassotis, à revista. “A equipe de limpeza os adora porque consegue focar em outras áreas.”

Passaporte facial – As tecnologias biométricas ajudam a reduzir a necessidade de contato nas viagens – e, de quebra, agilizam o processo de embarque. Companhias aéreas como a Delta, Air France e JetBlue já vinham testando esses processos, que identificam feições únicas de uma pessoa, como a curva da orelha ou o formato da testa, para comprovar sua identidade. Agora, além de essas ferramentas de reconhecimento facial se tornarem mais comuns no processo de embarque, elas também passarão a ser utilizadas em outras áreas dos aeroportos, como quiosques de autoatendimento, entrega de bagagens e portões.

Consulta a jato – Durante a pandemia, a medição da temperatura de passageiros se tornou rotina durante as viagens de avião. De acordo com especialistas, porém, ela pode não ser suficiente para impedir a disseminação do vírus, já que não permite a detecção de pacientes assintomáticos, por exemplo. Por isso, a empresa Soter Technologies desenvolveu um dispositivo chamado Sympton Sense. Ele funciona como um detector de metais e, em cinco segundos, consegue aferir a temperatura do passageiro, os níveis de oxigênio no seu sangue e suas frequências cardíaca e respiratória. A Soter diz estar em negociação com aeroportos e companhias aéreas para a venda do dispositivo nos EUA.

Na moda dos EPIs – Os equipamentos de proteção individual (EPIs), hoje utilizados principalmente por profissionais de saúde, podem se tornar o uniforme de muitos comissários de bordo ­– uma maneira de proteger a sua saúde e a dos passageiros nas aeronaves. Funcionários de companhias aéreas como Qatar Airways e AirAsia, já se adequaram aos novos tempos, e hoje utilizam, por exemplo, roupas de proteção de risco biológico, na cor vermelha chamativa. Na Philippine Airlines, os comissários vestem protetores faciais e macacões brancos com um arco-íris em um dos ombros.

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