Desde o início da pandemia, o número de empresas que fabricam e comercializam máscaras de proteção facial (máscaras PFF2) aumentou 275%, saltando de 28 em fevereiro de 2020 para 77 em julho deste ano. Mas com a mudança na curva de contaminação da Covid-19 o setor já vislumbra novas mudanças, conforme matéria publicada pela Folha de São Paulo.
A expectativa é de que a demanda por máscaras caia, o que para o diretor-executivo da Animaseg – Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho, Raul Casanova, significa que empresas de outros ramos que aproveitaram as facilidades oferecidas para atender principalmente o setor da saúde durante a crise sanitária deixem o mercado.
Hoje a Animaseg calcula que sejam fabricadas entre 40 e 45 milhões de unidades da PFF2 por mês no país. Além disso, outras 50 milhões são importadas mensalmente para atender a enorme demanda provocada pela Covid-19. “Em período normal não há mercado para todas essas máscaras”, analisa Casanova.
Outro fator que deve pesar na redução de fornecedores do produto, segundo Casanova, é a falta de certificação. “Principalmente a KN95, que é importada da China e não tem o Certificado de Aprovação, necessário para que seja utilizada no setor da saúde e só é comercializada agora porque não houve fiscalização”.
De acordo com a Folha, nos últimos meses, com oferta e demanda equilibradas, o preço das máscaras tem se estabilizado em um patamar mais baixo, conforme informação da Animaseg. A indústria tem vendido a unidade entre R$ 2 e R$ 5, ante a faixa de R$ 5 a R$ 9 praticada em determinados períodos do ano passado. Antes da Covid, o produto saía com valor entre R$ 1,50 e R$ 4, considerado baixo pelas empresas.