Como o contador pode auxiliar na SST?

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Como o contador pode auxiliar na SST é uma questão que vem ganhando importância de uns tempos pra cá. Com o advento de normas de segurança e saúde ocupacional, especialmente a implantação do eSocial, houve um impacto significativo nas atividades contábeis, sendo essencial que as empresas, bem como os escritórios e consultorias de contabilidade, estejam atentas em manter e registrar com precisão os acidentes e doenças do trabalho para cumprir os requisitos regulamentares e garantir a segurança dos colaboradores.

“Os contadores são responsáveis por acompanhar as transações financeiras de uma empresa, e qualquer interrupção nesse processo pode levar a perdas significativas. Acidentes e doenças no local de trabalho também podem levar ao aumento de custos para a empresa, como despesas médicas e indenizações para trabalhadores acidentados. Portanto, é essencial que os contadores entendam o impacto da SST em seu trabalho e no sucesso geral do negócio”, destaca artigo da Fenacon (Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas).

Para o presidente da Fenacon, Daniel Mesquita Coelho, o contador pode auxiliar na SST, pois o papel desse profissional é importante também para o setor econômico em si: “as nossas filiadas representam 4,5 milhões de empregos e quase 6,5% do produto interno bruto (PIB). O governo federal deveria valorizar mais os profissionais da contabilidade, já que a prática é essencial às contas de empresas e de órgãos estatais”, ressaltou durante sessão solene realizada em 12 de maio no Plenário do Senado.

Contador e a SST

“Deve-se investir pesado para criar dentro dos negócios um ambiente interdisciplinar para diálogo entre as áreas de saúde e segurança do trabalho, tributário, trabalhista, RH e TI, a fim de revisar suas práticas frente à legislação e evitar autuações”. Com essas palavras, Pedro Ackel, especialista em Direito Público do WFaria Advogados e diretor jurídico da Abrapsa (Associação Brasileira de Provedores de Serviço de Apoio Administrativo), destacou em artigo sobre a mudança de comportamento dentro das corporações para boas práticas em evitar prejuízos laborais, bem como auxiliar o profissional contábil.

Segundo especialistas na área, investir em SST é de extrema importância e reportar cada custo é essencial para estar em conformidade com a legislação, isso engloba desde despesas médicas até medidas de segurança, fornecimento de treinamento de segurança aos funcionários e contratação de pessoal adicional para monitorar a conformidade. “Esses custos devem ser registrados com precisão nas Demonstrações Financeiras para garantir que a posição financeira da empresa seja clara”, explica artigo da página da Fenacon.

Gerenciamento

Vale lembrar que implantar as normas de SST geram impactos positivo na situação financeira de uma empresa. “Os contabilistas devem assegurar que os acidentes e doenças no local de trabalho sejam registados com precisão nas Demonstrações Financeiras e que os custos associados à conformidade sejam devidamente contabilizados”, frisa o artigo.

Em whiterpaper da consultoria Thomson Reuters, destaca que aliar a tecnologia ao processo de gestão é também uma garantia possível de mais eficiência, produtividade e competitividade. “Os desafios do gerenciamento de dados e informações se tornaram cada vez mais relevantes, já que não envolvem somente a administração de processos na esfera judicial ou administrativa, mas também o impacto direto que esse gerenciamento acarreta nas demonstrações financeiras ena reputação da organização”, frisa o documento.

É preciso também não só pensar em gastos tecnológicos para melhorias de SST e, consequentemente, levar informações completas aos contabilistas, mas também pensar no capital humano para proporcionais saúde laboral a todos os atores. “A mudança de comportamento irá acontecer quando o empresário fizer a conta de quanto isso representa financeiramente e do impacto negativo que uma autuação desta natureza tem, dentro e fora da empresa, na medida em que traduz, a um só tempo, que a empresa não cuida do meio ambiente do trabalho de forma adequada, em prejuízo à saúde dos seus trabalhadores e não contribui para que eles possam se aposentar precocemente”, conclui Pedro Ackel.

Foto: reprodução

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