Confira 4 dicas para mitigar problemas causados por ruídos

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A poluição sonora é um problema grave que afeta a saúde auditiva, mental e cardiovascular de milhões de pessoas no mundo. A exposição a sons altos ou constantes pode causar perda de audição irreversível, estresse, hipertensão, colesterol alto, diabetes, mudanças comportamentais e até morte prematura. A OMS estima que, até 2050, 25% da população global terá algum grau de perda auditiva por causa do excesso de ruídos.

A engenharia acústica é o ramo da engenharia que lida com o som e a vibração, e pode ser aplicada tanto na redução de ruídos indesejáveis quanto no projeto de fontes sonoras com finalidades específicas. Nesse contexto surgiu a GRM Acústica, uma empresa especializada em projetos e análise de campo de ruído e vibrações. Seu fundador, Marco Aurélio de Paula, explica os parâmetros do ruído ambiental, capazes de caracterizar a intensidade e a qualidade do ruído presente no local.

Marco Aurélio de Paula, diretor da GRM Acústica (Foto: Divulgação)

“Existe um trabalho que é capaz de identificar justamente os sons indesejados que podem provocar prejuízos ao bem-estar, sejam eles provenientes de fontes naturais ou artificiais. Os ruídos ambientais mais comuns e prejudiciais são de tráfego, construção e indústria”, detalha. “Inclusive, os níveis de ruídos aceitáveis nas cidades, de acordo com o zoneamento, é um tema que de tempos em tempos volta a ser debatido pelos vereadores”, lembra o engenheiro, referindo-se ao mapa de ruídos urbanos deveria ser contemplado nos próximos meses pela Prefeitura de São Paulo, por exemplo, mas foi adiado para 2029.

 

Mapeamento dos ruídos

 

Mas, para que isso aconteça, existe a necessidade de medição e parâmetros descritores de ruído. Em primeiro lugar, os padrões avaliam a exposição humana ao ruído para determinar se os níveis estão dentro dos limites aceitáveis para a saúde e o bem-estar das pessoas, considerando alguns aspectos, como os listados abaixo:

  • Duração: é a quantidade de tempo em que uma pessoa/comunidade fica exposta ao ruído.
  • Frequência: é a medida da quantidade de ciclos sonoros por segundo, medida em Hertz (Hz). O ruído pode ter uma frequência específica ou uma faixa de frequência.
  • Nível de pressão sonora (NPS): é a medida da intensidade do som em decibéis (dB) em um determinado ponto no tempo.

“Com esse mapeamento em mãos, pode-se ter com precisão um diagnóstico de como está a situação em determinado lugar e trabalhar para mitigar caso algum desses parâmetros esteja em níveis acima do ideal”, prossegue Marco. “A questão do barulho é universal. Na França, por exemplo, o governo vai iniciar testes com radares antirruído que conseguem flagrar veículos que estão fazendo barulho acima do permitido”, completa.

Algumas soluções que a engenharia acústica pode oferecer para as empresas são:

  • Absorção sonora: usar materiais que absorvem parte do som e diminuem a propagação e os níveis de ruído, como painéis de lã mineral ou espumas acústicas.
  • Isolamento acústico: usar vidros insulados e laminados, esquadrias adequadas e vedação correta das portas e janelas para impedir a entrada de ruídos externos.
  • Posicionamento adequado de elementos arquitetônicos: evitar a proximidade de áreas de convívio com ambientes mais barulhentos, e usar paredes e divisórias para criar barreiras físicas que reduzem a propagação do som.
  • Disposição otimizada de móveis e equipamentos: posicionar os móveis de forma a evitar a concentração de superfícies reflexivas, como espelhos e vidros, e usar equipamentos que produzam menos ruído.

Foto abertura: Reprodução

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