Mais de um ano após o início da pandemia de Covid-19, como as empresas estão lidando com o trabalho remoto? Uma pista está no relatório publicado em maio pelo GitLab, plataforma de hospedagem de código-fonte para profissionais de tecnologia da informação (TI). A pesquisa incluiu cerca de 4 mil trabalhadores em todos os continentes.
Chama atenção o fato de que, apesar do aumento de funcionários em esquema de teletrabalho, a maior parte das companhias entrevistadas não conseguiu desenvolver fluxos para que as equipes trabalhassem de maneira independente. Ou seja, apesar de funcionar a partir de diferentes locais, os funcionários replicam os fluxos presenciais em ambiente virtual.
O Remote Work Report (em inglês) indica também que, apesar do fluxo convencional em suas funções, 80% dos profissionais recomendam o trabalho remoto. Uma das principais deficiências identificadas está na falta de uma ferramenta de colaboração visual para a equipe (plataformas como Trello ou Asana, entre as mais populares). Cerca de 70% das organizações usam ferramentas como vídeo, chat e telefone, mas todas são projetadas para o sincronismo – ou seja, situações nas quais todos os profissionais cumprem um horário fixo, como dentro de um escritório.
Se a realidade do trabalho remoto adaptado à pandemia ainda apresenta diversos problemas, alguns números positivos apontam que, de fato e para muitos, ele veio para ficar. De acordo com o relatório, 42% dos trabalhadores relataram aumentos na produtividade; 38% relataram aumentos na eficiência e 24% relataram menos burocracia e política de escritório.