Neurodiversidade: diferenças neurológicas podem ser vantagem competitiva para profissionais no mercado

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Em meio aos importantes debates sobre diversidade racial e de gênero no mercado de trabalho, começa a ganhar corpo também a discussão sobre a neurodiversidade. Mas o que isso quer dizer exatamente? O conceito abrange oportunidades para profissionais com autismo, transtorno do déficit de atenção, dislexia e transtornos mentais como ansiedade e depressão.

Segundo ele, as diferenças neurológicas são naturais e esperadas, e por isso devem ser consideradas na organização social. Além disso, de acordo com especialistas, muitos neurodiversos têm mais poder de concentração, criatividade e capacidade de identificar processos com erros do que as pessoas neurotípicas.

A diversidade no ambiente de trabalho também o torna mais inovador por oferecer pontos de vista plurais. “Pessoas neurodivergentes não são improdutivas. Pelo contrário: elas podem enriquecer debates e trazer ganhos reais para empresas e outros grupos sociais”, diz Dyene Galantini, diretora global de marketing da IHS Markit e diagnosticada há mais de 10 anos com transtorno bipolar.

“Como diretora global de marketing em um dos maiores conglomerados de informação, trabalho diariamente com pessoas de três continentes. A riqueza que a diversidade cultural proporciona é imensa. O mesmo acontece quando nos abrimos a pessoas neurodivergentes”, afirma.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, quase 1 bilhão de pessoas têm algum transtorno mental. Em países de baixa e média renda, cerca de 75% dessas pessoas não possuem acesso a qualquer tratamento. A OMS também já revelou que o Brasil é o país mais ansioso do mundo: são 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) com o transtorno.

É importante lembrar que esses números se referem ao cenário pré-pandemia de Covid-19. A crise sanitária, segundo a OMS, piorou esse quadro. “Apesar de sermos muitas pessoas com alguma condição psiquiátrica, o preconceito bloqueia a busca por tratamento e dificulta a inclusão. Por isso é tão importante informar que pessoas neurodivergentes podem ser tão felizes e interessantes quanto neurotípicos”, diz Dyene.

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