Novas formas de trabalho merecem atenção dos CEOs, alerta OIT

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Antes, era comum uma pessoa ser contratada para alguma função considerada pequena e ir galgando posições até alcançar a chefia e se aposentar. Isso poderia demorar anos e demonstrava, inclusive, credibilidade.

Hoje, do mesmo modo que as tecnologias avançam, as formas de trabalho também mudaram: é comum alguém entrar numa companhia já com um cargo Pleno ou Sênior, trabalhar dias alternados em casa e escritório, ou ser totalmente remoto, e em poucos meses ou se tornar CEO, adquirindo papéis, ou mesmo sair, perder o emprego e, nesse caso, ver como saída (forçada ou não) o empreendedorismo.

 

Alerta da OIT

 

Ou seja, hoje a imprevisibilidadejá faz parte da rotina do mundo empresarial e é preciso que CEOs estejam alertas. É o que aponta Organização Internacional do Trabalho (OIT), que ressalta o desafio de líderes corporativos diante da necessidade de rápidas respostas à reconfiguração dos modos de atuação. Segundo o órgão, apenas na América Latina e Caribe, 23 milhões de pessoas passaram a atuar pelo teletrabalho, atividade acelerada especialmente com os períodos mais restritivos da pandemia de Covid-19.

A OIT também alerta sobre alterações na formação profissional, assim como nas outras atividades educativas. Em um nível global, cerca de 85% dos participantes de cursos e programas continuaram suas formações a distância.

Mesmo com vários benefícios, essas formas de trabalho e estudo abrem brechas para problemas, aponta a OIT, como lacunas de competências e a informalidade. Só para ter uma noção da gravidade, em países de rendas baixa e média, todas as pessoas que trabalham em domicílio (90%), estão em condições informais. No Reino Unido, estes ganham 13% menos. Já na Argentina, Índia e México, o salto vai para 50%.

Outro crescimento exponencial é o de trabalhadores por aplicativos: em 2021, 11,4 milhões de brasileiros recorrem aos Apps para garantir uma parcela ou a totalidade de sua renda, segundo pesquisa do Instituto Locomotiva obtida com exclusividade pelo Estadão. “É um número muito grande. O dado inclui o brasileiro sem renda e que não conseguiu viver apenas com o auxílio emergencial. Isso mostra que os aplicativos se tornaram os maiores empregadores no Brasil hoje”, afirma Renato Meirelles, presidente do instituto.

 

Capacitação de líderes

 

Diante desse cenário, a ONU frisa a importância do acesso à informação e a capacitação de líderes empresariais e colaboradores como prioridade, respeitando o ESG (o inglês para Ambiental, Social e Governança) e principalmente o trabalho decente (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 8).

Para Daniel Maximilian da Costa, fundador do Latin American Quality Institute, é preciso alinhar a realidade das empresas com a busca por capacitação de todos os atores, buscando um vasto conteúdo de organizações internacionais que colaboram em tais formações.“É preciso ampliar essa visão. Há um bom tempo, a LAQI conta com programas, treinamentos e conferências que ajudam o mundo corporativo. Os exemplos são muitos, mas destaco a Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne diferentes países, e o LAQI Impact Summit – Brazil 2023, um ciclo de conferências com especialistas pautados pelos temas Qualidade, Meio Ambiente, Sociedade e Governança”, finaliza.

Foto: reprodução

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