SIPAT aborda temas essenciais para o bem-estar dos trabalhadores e coloca cultura da segurança em foco

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Terapia ocupacional, ginástica, pausas, saúde mental. Tópicos presentes na agenda das CIPAs também reverberam em um evento importante: a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT).

Mas, por que essa ação? A Norma Regulamentadora 5 (NR-5) estabelece no rol de atribuições da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio está a promoção da SIPAT, em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), sendo mandatória sua realização uma vez por ano.

Além da CIPA e do SESMT, outros departamentos são mobilizados, como Gestão de Pessoas, Atendimento à Saúde do Servidor/Trabalhador ou mesmo a contratação de um serviço terceirizado em SST. Os processos incluem a divulgação (cartazes, envio por meios eletrônicos) e discussão de assuntos, bem como a participação dos demais colaboradores.

 

Benefícios da SIPAT

 

Por ser obrigatória, a CIPA precisa registrar em atas essa formalização, frisa texto do SESI+Saúde, do Serviço Social da Indústria de Santa Catarina: “A CIPA faz a proposta em acordo com a empresa, e a escolha de data e programação pode ser definida. Como regra, a SIPAT deve ter uma semana de duração e ocorrer durante o horário de trabalho. Nas empresas em que há apenas um profissional designado à CIPA, a SIPAT não é obrigatória, apesar de recomendada devido aos benefícios que oferece”, endossa o post.

As atividades abrangem palestras e dinâmicas com médicos do trabalho, engenheiros de segurança do trabalho ou outros profissionais ligados para falar de temáticas que vão desde alimentação e hábitos saudáveis, até o esclarecimento da função de SST, e como medidas preventivas são pertinentes não apenas no ambiente laboral, mas também no cotidiano.

Um dos temas que podem estar em pauta é a higiene. Membros do Departamento de Parasitologia e Microbiologia, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Uberlândia (Icbim/UFU) participaram da 3ª SIPAT do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU/Ebserh), que abordou a higienização no ambiente hospitalar.

“O foco foi a importância da higienização das mãos para prevenção de parasitoses e infecções hospitalares. A programação incluiu, ainda, orientações sobre a limpeza de artigos de uso comum como celulares, fones de ouvido e utensílios que, muitas vezes, são ignorados, mas podem ser fontes de contaminação”, informa nota.

 

Interação

 

Geralmente realizada nos meses de abril, em referência ao Abril Verde e o Dia Mundial da Saúde, em maio, por conta do Dia do Trabalhador, e em novembro, para lembrar do dia do profissional de SST, as SIPATs podem ser em formato presencial ou híbrido, como ocorrida na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

De acordo com a instituição, a escolha do modelo híbrido foi para agregar o maior número de participantes, que puderam assistir as palestras gravadas. Uma das conversas abordou a inclusão, proferida pela Profª Dra. Rosane Lowenthal: “O verdadeiro significado da inclusão está em ter acesso a todos. Precisamos colocar a pessoa na frente da síndrome e da deficiência, para realmente garantir acessibilidade”, comenta a professora.

Também em São Paulo, a Sede no bairro de Santana da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) abordou em sua SIPAT assuntos como comunicação interpessoal, riscos ambientais no trabalho, defesa pessoal e saúde do homem.

“Lembro da primeira vez em que as CIPAs foram instituídas dentro do sistema prisional e não se sabia que deveriam fazer dentro de uma Unidade Prisional. Com o tempo, mostraram-se a sua importância dentro da instituição, que vai muito além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), abordando outras questões de ordem física e mental”, destaca Adriano Maldonado, coordenador substituto de Saúde do Sistema Penitenciário.

Já em Goiás, servidores da Junta Comercial (JUCEG) puderam participar de aulas de zumba e ginástica, além de técnicas de Qigong, prática milenar chinesa que combina respiração, meditação e movimentos suaves em prol da saúde física, mental e emocional. “Reunir a equipe para uma aula de dança, além de fazer bem para o corpo, alivia a mente de horas na frente do computador”, ressalta Jeane Guedes, presidente da CIPA e responsável pela SIPAT.

Para o Prof. Dr. José Arnóbio, reitor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), entidade que recentemente promoveu a oitava edição de sua SIPAT, o evento é fundamental para conscientização. “A iniciativa reforça nossa responsabilidade com a qualidade de vida de toda a comunidade acadêmica, contribuindo para a prevenção de acidentes e o bem-estar coletivo. Acreditamos que um ambiente seguro é essencial para o desenvolvimento pleno das nossas atividades educacionais e profissionais”, conclui o professor.

Foto: divulgação

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