De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, cerca de 20 mil instituições atuam com Serviços de Apoio à Diagnose e Terapia (SADT) e entre 10% a 15% dos 2 milhões de profissionais da área da saúde no Brasil trabalham no setor. Esse contingente de trabalhadores também necessita de cuidados com sua saúde, já que trabalham diretamente com agentes perigosos, como os biológicos, lidando com amostras de sangue, fluidos corporais e materiais diversos.
Cuidados com a saúde
Para Paulo R. Leal, membro dos Comitês de RH da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e Científico da Associação Paulista de Medicina do Trabalho (APMT), é fundamental seguir as diretrizes de biossegurança, que incluem a adoção de práticas adequadas de coleta, transporte e descarte de amostras biológicas, como o uso correto de barreiras de proteção, como luvas, máscaras e aventais, é essencial para prevenir a exposição a patógenos. “É necessário estabelecer e divulgar protocolos de higiene e descontaminação, a fim de reduzir o risco à saúde nos casos de exposições acidentais a produtos químicos tóxicos”, destaca.
O médico também salienta a importância da ergonomia, do respeito em relação a descanso e pausas durante o trabalho, e também a adoção de treinamentos para evitar riscos ocupacionais. “É importante, ainda, adotar estratégias de gerenciamento do estresse, como praticar exercícios físicos, relaxamento e cuidar do bem-estar mental”, diz.
Insalubridade
No que se trata de biossegurança, a Norma Regulamentadora 32 estabelece diretrizes para proteger e garantir a segurança dos profissionais da área da saúde, e também de todos os que exercem atividades relacionadas e que lidam com tais agentes. Já a NR-15 especifica quais agentes são quantitativos e qualitativos.
O Decreto nº 53.831 de 25 de março de 1964 estabelece ainda todos os agentes nocivos que justificam a concessão da aposentadoria especial por insalubridade, envolvendo agentes físicos (calor, frio, radiação,trepidação, ruído, eletricidade e pressão); químicos (agentes como chumbo, manganês, mercúrio e outros tóxicos inorgânicos e orgânicos) e os biológicos (exposição a germes infecciosos ou parasitários humanos).
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