Estresse no trabalho afeta a saúde do sono dos brasileiros

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 20130823102208985781eA pesquisa “Sono: uma perspectiva global” apontou que o estresse no trabalho e os problemas financeiros estão no topo da lista de aspectos que tiram o sono das pessoas no mundo todo. O estudo foi realizado pela Philips em parceria com a Associação Mundial de Medicina do Sono (do inglês, World Association of Sleep Medicine’s). Foram ouvidos, aproximadamente, oito mil entrevistados em 10 países – Estados Unidos, França, Japão, China, Brasil, Coréia do Sul, Alemanha, Austrália, Inglaterra e Holanda.

A pesquisa revela que 87% dos entrevistados nos 10 países afirmaram entender a importância de uma boa noite de sono para a saúde e qualidade de vida e 57% admitiram que gostariam, mas não têm feito nada para melhorar seu sono. Outro dado alarmante é que 83% das pessoas disseram que não conseguem dormir direito durante a noite e 22% dorme menos tempo do que gostariam de cinco a sete vezes por semana.

No Brasil, os dados levantados mostram que quando o assunto são as noites mal dormidas, o fator psicológico conta e muito. Ao contrário das tendências atuais que indicam a tecnologia como prejudicial ao sono, os brasileiros apontaram as preocupações com o trabalho (33%) e com dinheiro/segurança financeira (39%) como os principais problemas que os fazem dormir mal ou, simplesmente, não dormir. Entre as opções, foram apresentados 13 fatores da vida cotidiana como estudo, família, relações sexuais e atividades físicas. O brasileiro também é o povo que tem o menor intervalo de tempo entre jantar e ir dormir (menos de 2 horas), o que afeta diretamente na qualidade do sono.

Sinal de Alerta
Todos os números levantam uma questão alarmante: o risco que essas pessoas correm de desenvolver algum distúrbio, incluindo a AOS (Apneia Obstrutiva do Sono). Estima-se que mais de 100 milhões de pessoas no mundo sofram deste mal e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), duas em cada três pessoas com o problema não são diagnosticadas. A pesquisa da Philips mostrou que 6% dos entrevistados relataram já sofrer com a doença.

“Segundo o estudo, conduzido pelo Instituto do Sono, só em São Paulo, cerca um terço da população sofre de apneia obstrutiva do sono, percebida principalmente pelo ronco. Esta é uma doença perigosa e sistêmica, ligada à obesidade e doenças coronárias, por exemplo, mas que pode ser facilmente tratada em casa, sob orientação e acompanhamento médico”, explica Dr. Geraldo Lorenzi Filho, presidente da ABSONO (Associação Brasileira do Sono).

A apneia do sono é um dos distúrbios mais comuns, com frequência causado pelo sobrepeso e pela obesidade e afeta, em sua maioria, pessoas a partir dos 40 anos. O ronco é só um dos sinais de que algo está errado. Existem outros sintomas que podem indicar a doença, entre eles estão: sonolência excessiva, cefaleia matinal, dificuldade de concentração, esquecimento, cansaço crônico, irritabilidade e redução de libido. Há diferentes formas de tratamento, desde a utilização de placas dentárias até a utilização de aparelhos com emissão contínua de ar (CPAPs), que ajudam na desobstrução das vias respiratórias durante o sono.

Clique aqui para fazer o download do relatório completo da pesquisa “Sono: Uma Perspectiva Global”.

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