Como forma de discutir e estimular a qualidade de vida dos servidores, a Superintendência de Administração Penitenciária promoveu no dia 7 de agosto, uma mesa redonda com o tema: “Saúde, segurança no trabalho e qualidade de vida dos agentes penitenciários”. O evento realizado no Centro Integrado de Convivência da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) reuniu dezenas de servidores da instituição e agentes penitenciários.
A mesa redonda foi composta pelo chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social, Roney Nascimento, e pelas professoras Elaine Pimentel e Socorro Alécio. Os palestrantes falaram sobre as pesquisas desenvolvidas para entender e aperfeiçoar os trabalhos dos agentes penitenciários, além dos impactos dessa atividade na vida desses servidores.
Durante sua fala, a professora Elaine Pimentel fez uma contextualização sobre o atual cenário do sistema prisional brasileiro com base em sua pesquisa sobre os efeitos da “prisionização” e levantou questões como o ambiente, a arquitetura prisional, as peculiaridades das condições das prisões e o impacto pessoal da rotina de trabalho nos presídios.
“Apesar do padrão e do protocole seguidos para chegar a um padrão de trabalho, as consequências desses procedimentos são recebidas de forma subjetiva por cada servidor”, comentou a professora Pimentel.
Já a educadora Socorro Alécio, apresentou formas de melhorar a qualidade de vida dos servidores. Ela explicou que muitos problemas de saúde podem ser evitados com a prevenção. “Estamos mostrando possibilidades, porém, cada ambiente de trabalho possui sua especificação. Cabe ao Estado garantir um ambiente salubre para o servidor”, falou.
O chefe de gabinete da Superintendência de Administração Penitenciária lembra que os procedimentos dos agentes penitenciários são rigorosos e baseados em mecanismos de ressocialização dirigidos aos reeducandos. “Buscamos valorizar os agentes com qualificações, estimulando a prática de atividades físicas e hábitos saudáveis. Essas ações são essenciais para aliviar o estresse natural do ofício e, consequentemente, otimizar os trabalhos no sistema prisional, destaca Roney Nascimento.
Após as explanações, os agentes discutiram as questões levantadas, expondo suas experiências. Ainda na ocasião, profissionais da diretoria de saúde explicaram o funcionamento do NAPSP (Núcleo de Atenção Psicossocial ao Servidor Penitenciário).
O núcleo foi criado para atender as demandas dos servidores, ofertando serviços como: atendimentos nas áreas médica e odontológica, psicológica e assistência social e religiosa, além de realizar campanhas educativas e de segurança do trabalho.
Fonte: Agência Alagoas
