Engenheiros de controle e automação ajudam a acelerar fabricação de vacinas

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A Covid-19 provocou uma crise sanitária e de saúde pública como há muito não se via. Gerou também uma corrida pela vacina como nunca se viu, e um efeito notório: pela primeira vez na história da humanidade, vimos não só uma, mas várias vacinas sendo concebidas em um intervalo recorde. Até então, o desenvolvimento dos imunizantes era medido em anos, não em meses.

A invenção da vacina, porém, é só a primeira parte; é preciso ainda produzi-la. Para tanto, a tecnologia tem papel fundamental, pois permite, por meio de máquinas, automatizar e acelerar processos. Do contrário, caso dependêssemos apenas do esforço humano, a fabricação das vacinas seria muito mais lenta, perigosa e insalubre.

“O Engenheiro de Controle e Automação é extremamente importante nesse cenário. Ele é responsável por automatizar as tarefas que, normalmente, seriam feitas por pessoas”, afirma Fernando Silveira Madani, coordenador do curso de Engenharia de Controle e Automação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). “No caso da produção de vacinas, é necessário evitar o contato humano e a contaminação dos insumos, o que só é possível com o apoio da tecnologia. Tal trabalho, repetitivo e volumoso, seria inviável por meio de braços humanos”.

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O Instituto Butantã, responsável pela fabricação da vacina Coronavac, é um ótimo exemplo.  Ele consegue envasar até um milhão de doses das vacinas contra o coronavírus por dia, factível apenas em razão da alta tecnologia disponível no seu parque industrial. Produz ainda outras seis vacinas, como da influenza, e 13 soros.

“Somos quase oito bilhões de pessoas no mundo, que não precisam apenas de vacina, mas de roupas, alimentos, remédios. Suprir tamanha demanda é possível com produção acelerada e de qualidade”, diz Madani. “Desse modo, precisamos não só das melhores máquinas, mas também dos melhores profissionais, preparados para gerenciar os parques industriais, utilizando as melhores tecnologias disponíveis nos sistemas elétricos, mecânicos, na informática e na eletrônica”.

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