Gestão da ergonomia é importante no trabalho híbrido e home office

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Como você está lendo este texto agora? Certamente, com a pergunta, posicionou-se corretamente. Pois essa preocupação também está tirando o sono (e a saúde) de muitos trabalhadores e profissionais de RH, já que a tendência do trabalho híbrido e em casa está presente no Brasil e também pelo globo, e a falta de uma orientação sobre a gestão da ergonomia pode causar lesões e afastamentos.

Dados da 24ª edição do “Índice de Confiança Robert Half” (ICRH), de junho deste ano, dos 1.161 profissionais ouvidos, 59% atuam hibridamente, enquanto 33% vão diariamente ao escritório e somente 8% seguem no home office. A estatística reflete a necessidade de adequação do ambiente de trabalho nas residências e a responsabilidade das empresas sobre a saúde desses funcionários. “Muitas vezes, no escritório as pessoas têm orientações de ergonomia e equipamentos adequados, ou o próprio ambiente dispõe disso. Já em casa, normalmente, não há um local específico para as atividades, e acabamos trabalhando em qualquer lugar”, comentou em reportagem ao Correio Braziliense, Gislaine Milena Marton, fisioterapeuta pela Universidade de São Paulo (USP).

 

Gestão da ergonomia

 

A Norma Regulamentadora Nº 17 (NR-17) trata das regras de ergonomia e visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho laboral eficiente. Em acordo com as atualizações relacionadas às avaliações de ergonomia, desde janeiro de 2022, ela passou a ser dividida em duas fases de avaliação: a primeira é a “Avaliação Ergonômica Preliminar” (AEP) e a outra é a “Análise Ergonômica do Trabalho” (AET). “A AEP é obrigatória a todas as empresas de todos os portes, e tem como objetivo a adoção de medidas preventivas e de adaptação das condições laborais. Ela está diretamente relacionada aos mecanismos do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), como PGR e PCMS”, acrescenta Renan Soloaga, CEO da consultoria Indexmed.

Já a AET ocorre em casos de maior complexidade, quando é evidente que a falta de boas práticas e organização do trabalho causou a sobrecarga dos colaboradores. Sua função é garantir que todas as condições psicofisiológicas necessárias para que os funcionários possam exercer as suas funções de forma adequada.

A avaliação de riscos ergonômicos deve ser realizada periodicamente a partir de um processo contínuo de gestão de riscos e por um profissional qualificado. “Manter essa obrigação atualizada, colabora para a melhor qualidade de vida do trabalhador enquanto no desempenho de suas funções, e evita que a empregadora seja punida com multa por não estar em dia com o envio dessa documentação ao eSocial”, conclui Soloaga.

Foto: reprodução

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