A importância da saúde mental vem sendo discutida desde o início da pandemia, e no universo corporativo não foi diferente. De acordo com um estudo publicado pela Capita, 79% dos colaboradores ouvidos relataram ter sofrido estresse no ambiente de trabalho nos últimos 12 meses, e 47% acreditam que sentir estresse e ansiedade durante o trabalho é normal.
Muitas empresas vêm percebendo a necessidade de trabalhar a saúde mental de seus funcionários, de modo que 67% das empresas já oferecem programas de assistência, de acordo com a pesquisa realizada pela Wellable.
Porém, alguns setores ainda caminham devagar na elaboração destas medidas. Gislaine Zorzin, diretora administrativa e de novos negócios na Zorzin Logística, aponta que no setor de transporte rodoviário de cargas o tema é pouco discutido. “O maior desafio que vejo é a questão de a empresa se colocar como um suporte e o colaborador entender que pode se apoiar na organização quando tiver algum problema”, fala.
Como uma forma de assistir seus colaboradores, a Zorzin Logística vem adotando algumas práticas, como a inclusão no programa de treinamento algumas palestras abordando a importância de seguir uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos.
A preocupação com o emocional dos funcionários fez com que líderes e gestores começassem a buscar soluções para os problemas enfrentados no cotidiano de trabalho. Para isso, é necessário quebrar paradigmas de que a saúde mental é única e exclusivamente responsabilidade de um só indivíduo.
“Na transportadora, acreditamos que o controle de jornada tem impacto direto na saúde mental do colaborador. Por isso, levamos muito a sério paradas para descanso e descanso intrajornada, isso possibilita que o motorista viaje descansado e sem a pressão do sentimento de urgência”, acrescenta Gislaine.