Uso de acessórios: como esses itens podem prejudicar a segurança e saúde laboral

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Brincos, pulseiras, relógios de pulso, colares, anéis. Acessórios tão comuns no dia a dia das pessoas podem ser prejudiciais quando o assunto é Segurança e Saúde do Trabalho (SST). Para tanto, muitas empresas, em especial as que lidam com a saúde, estão promovendo ações alusivas ao “Zero Adorno”, em que o uso desses itens é restrito ou mesmo proibido.

E quando se fala em acessórios, isso também vale para bottons, aplicações em roupas (como correntes, por exemplo) e até mesmo o uso de óculos merecem atenção, já que podem se enroscar, levar micro-organismos e causarem infecções, comprometendo a segurança de pacientes e dos próprios colaboradores, conforme explica Jackson Ferreira, diretor clínico do Hospital Unimed em Petrolina (HUP, PE): “Itens como unhas em gel ou postiças, relógios e cordões usados para prender crachás também podem ser fontes de contaminação. Quanto aos óculos de grau, a orientação é que sejam higienizados pelo colaborador no início e ao final do turno de trabalho”, destaca o médico, à Agência CH, ressaltando a importância dessas campanhas de conscientização.

“Contamos com a contribuição de todos e com a ação individual para a proteção coletiva, visando a promoção de um ambiente hospitalar mais seguro e saudável”, acrescenta o profissional.

 

NR-32 orienta sobre acessórios

 

Há uma Norma Regulamentadora que trata desse assunto, como foco ao segmento médico-hospitalar, a NR-32, que veta o uso de piercings expostos, correntes, colares, presilhas, broches e outros adereços para profissionais de saúde dentro das unidades hospitalares.

No Hospital Dom Helder Câmara, em Cabo de Santo Agostinho, PE, esses acessórios são proibidos e são distribuídos aos funcionários, como forma de conscientização, porta-adornos para guardar tais itens durante a jornada laboral. “Além de afetar tanto o paciente quanto o próprio funcionário, as infecções que venham a ser causadas via acessórios podem até mesmo atingir os familiares em casa. Por isso realizamos essas campanhas, visando a segurança e proteção dos trabalhadores, bem como a redução dos riscos de infecções no hospital”, arremata Mayara Elisabeth, enfermeira e assessora de Qualidade do Hospital, ao Pernambuco Notícias.

 

Papel da CIPA

 

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio (CIPA) tem um papel preponderante para a promoção de tais inciativas. Em Sorocaba, SP, a CIPA no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) realizou, em março, a Blitz do Adorno Zero, para reforçar a importância da ausência de adornos. “O uso indevido desses acessórios no ambiente hospitalar pode comprometer o estado de saúde dos pacientes. Uma vez em contato com bactérias ou vírus, esses objetos também podem ser prejudiciais a quem está utilizando ou às pessoas que tiverem contato”, informa nota.

Já em Rondônia, a CIPA da Unidade de Saúde da Família (USF) Caladinho, da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), de Porto Velho, também realizou, no mês de março, a ação “Menos é Mais, quando Mais é Demais”. Segundo nota, “a campanha envolveu todos os colaboradores expostos a riscos biológicos, inclusive os prestadores de serviços médicos e outros que atuem nessas mesmas condições na instituição”.

Vale reforçar que a NR-32 endossa a todos os trabalhadores do serviço de saúde, inclusive, os que exercem atividades de promoção e assistência à saúde exposto a agente biológico, independentemente da sua função, não devem utilizar adornos no ambiente de trabalho.

Foto: CIPA – USF CALADINHO/SEMUSA, RO

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