Brasil sediará reunião 2024 do Consórcio Internacional de EPI na agricultura
O programa IAC-Quepia será anfitrião da reunião 2024 do Consórcio Internacional de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura. A plenária da entidade, que mobilizará técnicos de 13 países em ações para o desenvolvimento da qualidade, padronização e segurança de EPI agrícolas, está marcada para o período de 23 a 25 de outubro próximo, na cidade paulista de Jundiaí. Segundo o coordenador da iniciativa, o pesquisador Hamilton Ramos, cerca de 50 especialistas confirmaram presença. A reunião celebrará também o 10º aniversário do Consórcio.
Financiado com recursos privados, o programa IAC-Quepia resulta de uma parceria entre o setor privado e o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC) – órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo -, localizado em Jundiaí.
EPIs na agricultura
Os EPI agrícolas, explica Ramos, são equipamentos largamente utilizados na agricultura mundial, no trabalho de aplicação de produtos químicos (agroquímicos) e biológicos, com objetivo de mitigar a exposição humana a esses compostos.
No encontro de outubro, resume Ramos, haverá debates sobre diretrizes e normas, sobretudo no tocante a avaliação, mitigação e comunicação de riscos químicos com pesticidas nas pequenas propriedades, nas quais utilizam-se, predominantemente, pulverizadores costais e semiestacionários. Conforme o pesquisador, há no mundo poucos dados técnicos a respeito desses riscos.
“Receberemos especialistas, representantes de empresas privadas e órgãos oficiais do setor, de dentro e fora do país. Realizaremos um balanço das atividades do Consórcio desde sua criação, além de discutir o cenário atual de exposição a riscos e planejar o futuro de maneira harmônica”, diz Ramos. Segundo ele, por meio de visitas técnicas, os participantes da reunião conhecerão iniciativas brasileiras como os treinamentos do Programa Aplique Bem e o laboratório de pesquisa e desenvolvimento do Programa IAC- Quepia.
No Brasil, complementa Ramos, em quase 17 anos de atividades, o trabalho de pesquisa do programa IAC-Quepia resultou na queda das reprovações de qualidade de EPI agrícolas fabricados localmente, que eram da ordem de 80% do montante analisado em laboratório, em 2010, para os atuais menos de 20%.
Foto: IAC/Quepia