De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ultrapassou a marca de 32 milhões de idosos. Diante desse número, é consenso que os governos precisam pensar em políticas públicas para atender de forma adequada e eficaz essa parcela cada vez mais numerosa da população. Isso significa, entre outras coisas, assegurar seu direito à saúde, ao trabalho, à educação, à cultura e ao esporte.
Algumas instituições têm tomado a frente desse movimento. Uma delas é a Vitalità, centro de envelhecimento e longevidade da PUC-Campinas, que conta atualmente com 60 alunos voluntários e aproximadamente 400 idosos cadastrados. Criado no contexto do envelhecimento populacional no Brasil, o projeto se propõe a elaborar programas de capacitação e atenção voltadas ao público com 60 anos ou mais, e celebrou um ano de vida em setembro.
“O crescimento da população idosa certamente trará impactos fortes sobre a estrutura social, familiar, econômica, política e cultural. O novo contexto exige olhares atentos para impedir uma vulnerabilidade social do público sênior”, afirma Cristiano Monteiro, economista e professor da PUC-Campinas. “Portanto, urge o planejamento de políticas públicas e ações humanitárias que garantam o bem-estar da população idosa, que possui grande estima e expressividade na sociedade”.
Ao longo dos últimos 12 meses, uma série de ações foram realizadas pelo Centro, como cursos de leitura e canto, bem como oficinas de informática e redes sociais. Uma das preocupações está ligada à geração de trabalho e renda à população idosa, pois os profissionais acima de 60 anos vêm perdendo espaço no mercado de trabalho.
Por esse motivo, além de incentivar a criação de negócios focados no público 60+, o Vitalità tem investido em iniciativas que estimulem os idosos a empreender. Uma parceria com o SEBRAE, por exemplo, oferece vagas para oficinas em cinco temáticas: negociação, marketing, finanças, formalização e plano de negócio (Canvas). Mais detalhes podem ser encontrados no Jornada Empreendedora Vitalita PUC Campinas.
Como reconhecimento pelas ações desenvolvidas, o Centro recebeu, em agosto, o selo de Universidade Amiga do Idoso, passando a integrar uma rede de instituições de ensino superior composta por universidades da Europa, Ásia e América do Norte. A PUC-Campinas é a primeira universidade a receber esse título na América do Sul.
