Fabricantes nacionais doam ao Ministério da Saúde um milhão de máscaras PFF2 (N95)

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A Associação Nacional da Indústria de Material de Segurança e Proteção ao Trabalho (Animaseg), em uma campanha de solidariedade para combate à Covid-19, reuniu fabricantes nacionais para doação de máscaras de proteção respiratória descartáveis do tipo PFF2 (N95). As empresas Air Safety, Alliance, Camper, Carbografite, Delta Plus, KSN, Lubeka, Plastcor e Tayco doaram, juntas, um milhão de máscaras para o Ministério da Saúde (MS). O total da doação foi fracionado em quatro lotes mensais contendo 250 mil máscaras PFF2. A 1ª remessa do material foi entregue na terça, 09/06, na Coordenação de Armazenamento e Distribuição Logística de Insumos Estratégicos para a Saúde (COADI) do MS, em Guarulhos, SP.

Produto nacional

Qualidade e eficácia comprovadas, além do preço mais competitivo diferenciam as máscaras PFF2 (N95) nacionais de vários modelos importados. De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o EPI só pode ser posto à venda ou utilizado tendo o Certificado de Aprovação (CA), emitido pela Secretaria do Trabalho. Para obter o CA, o produto precisa ter o Certificado de Conformidade emitido pelo Inmetro.

A Anvisa já publicou duas Resoluções de interdição cautelar (RE nº 1.552, de 12/05/2020 e RE nº 1.869, de 09/06/2020) proibindo a comercialização e distribuição de mais de 100 modelos de máscaras PFF2, N95 ou equivalente importados, na grande maioria de origem chinesa, para uso em serviços de saúde. O órgão citou a Food and Drug Administration (FDA), com a qual mantém acordo de confidencialidade para o compartilhamento de informações sobre segurança, eficácia e qualidade dos produtos regulamentados por ela. A FDA considerou um monitoramento feito pelo National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH), apontando falhas de eficiência na filtragem das máscaras, o que coloca em risco a saúde dos profissionais.

Fornecimento de máscaras PFF2

De acordo com a Animaseg, o Brasil conta com 28 empresas fornecedoras de máscaras PFF2 (N95) aptas e em conformidade com as normas técnicas exigidas de qualidade e eficácia, que suprem a demanda aumentada do mercado pelo EPI de proteção respiratória. Segundo dados apurados com as fornecedoras, a capacidade produtiva é em torno de 40 milhões de máscaras PFF2 por mês .

“Isso significa que estamos preparados para incrementar o abastecimento de máscaras PFF2 para o enfretamento à pandemia. Em abril, já havíamos afirmado ao governo a capacidade produtiva nacional para atender a necessidade do MS, que sinalizou na época uma demanda mensal de cinco milhões de máscaras. O setor sempre esteve pronto para estreitar uma parceria entre a indústria nacional de EPI e os governos federal e estaduais”, ressalta o diretor Executivo da Animaseg, Raul Casanova Junior.

Um levantamento da Associação, embasado na divulgação no portal do MS sobre a quantidade de EPIs distribuídos aos estados, aponta que o governo entregou, do início da pandemia até o momento, um total de 3,3 milhões máscaras PFF2 aos Estados.

A máscara PFF2 é um EPI recomendado pela ANVISA para proteção e segurança dos profissionais da saúde que estão na linha de frente contra a Covid-19, ao realizar procedimentos geradores de aerossóis (intubação, aspiração traqueal, ventilação invasiva e não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar e coletas de amostras nasotraqueais), conforme Nota Técnica da ANVISA nº 04/2020, atualizada em 08/05/2020.

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