GRO e eSocial norteiam seminário do SESI, Fundacentro é uma das participantes
Como o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) e o eSocial podem garantir a saúde e segurança no ambiente de trabalho? Esta e muitas questões foram discutidas na primeira edição do Seminário Saúde e Segurança do Trabalho (SST) na Indústria, promovido pelo Serviço Social da Indústria São Paulo, (SESI-SP), em âmbito nacional.
O evento, ocorrido em 23 de julho, em Taubaté, SP, com transmissão ao vivo pelo canal do SESI-SP no YouTube, levou especialistas do setor para falarem desse tema tão pertinente, com representantes do SESI Nacional e regionais de Ceará e São Paulo, a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), a Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO), além de cases de sucesso.
GRO, eSocial e planejamento
A primeira palestra foi sobre GRO e Planejamento Estratégico, com Gilmar da Cunha Trivelato, pesquisador da Fundacentro. Ele endossou em sua fala que o GRO é de extrema importância para implementar práticas seguras dentro das atividades laborais e o eSocial é uma plataforma crucial para gestão integrada de informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais.
Em sua apresentação, Trivelato traçou panorama de como é procedimento de GRO dentro das organizações, ressaltando que isso não envolve apenas a parte documental. “Gerenciamento é um processo, ou seja, diariamente é preciso verificar os riscos dentro de uma organização, sejam os financeiros, sejam os fiscais, sejam os ocupacionais. E em qualquer empresa é feito o seu gerenciamento de riscos, mesmo que com problemáticas, mas vale sempre lembrar que é um processo. Mesmo sendo documentado, precisamos ter em mente que GROnão é só papel, ou para ficar numa gaveta, mas envolve ações com pessoas para que o ambiente seja seguro”, explicou.
O profissional, que é químico e doutor em Meio Ambiente, participante de diversos grupos de trabalho para elaboração e revisão das Normas Regulamentadoras1 e 9 (NR-1 e NR-9), destacou a importância de investir em equipes de segurança do trabalho, na atuação juntamente com os trabalhadores e a função dos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT). “Os programas ou sistemas de gestão de riscos são formas de organizar, estruturar, operar e avaliar e rever todo esse processo. A conformidade legal é o patamar mínimo para isso, mas nada impede que a empresa faça procedimentos maiores, como a contratação de uma auditoria externa, por exemplo, para melhorar essa gestão”, arrematou.
Por fim, o pesquisador falou das diferenças entre GRO e PGR, o Programa de Gerenciamento de Riscos: “Muitas pessoas se confundem e ficam sem saber o que é um ou outro. O GRO é o processo, é como vai ser aplicada a gestão de riscos dentro da organização. Agora, para lançá-lo no sistema é preciso o PGR, um conjunto coordenado de ações da organização para atingir os objetivos preventivos de riscos, formalmente documentado em conformidade com os requisitos legais”, conclui.
A íntegra do evento pode ser acessada neste link.
Fotos: reprodução – YouTube